A cidade de Luanda vai ser palco da primeira edição da Africell Luanda Feira de Arte, um evento que reúne cinco galerias e cerca de 100 artistas angolanos. O objectivo é impulsionar a internacionalização da arte do país e incentivar o investimento na produção nacional.
Entre os dias 19 e 21 de Abril, o Palácio de Ferro, um dos edifícios mais emblemáticos da capital angolana, vai acolher exposições individuais, performances de arte ao vivo e debates sobre questões como “os desafios enfrentados pelas galerias em Angola” e “a importância da formalização do trabalho dos artistas plásticos para a economia local”.
Dominick Maia Tanner, responsável pela organização do evento, citado pela Lusa, explica que para esta primeira edição foram convidadas as nove galerias de arte que operam em Luanda, sendo que cinco estarão presentes, nomeadamente a The Art Affair, ELA – Espaço Luanda Arte, Sky Gallery Espaço d’Arte, Tamar Golan e This is Not a White Cube.
O promotor considerou, no entanto, que, historicamente, a arte e a cultura não têm sido prioridades em termos de investimento em Angola. Contudo, a Africell Luanda Feira de Arte pretende alterar esta percepção, mostrando que a arte pode ser um investimento rentável a longo prazo.
Apesar de não terem sido avançados dados sobre o impacto económico esperado desta edição, Maia Tanner expressou a sua esperança em alcançar o nível de outras feiras de arte em países africanos mais maduros, como Nigéria, Gana e Zimbabué, no futuro.
Para os artistas angolanos, a participação em feiras de arte e a presença em mercados internacionais são essenciais para desenvolver o mercado secundário e aumentar a projecção internacional. Jamil Osmar, curador da galeria This is Not a White Cube em Luanda, e Alexandra Gonçalves, da The Art Affair, enfatizaram a importância destas oportunidades para impulsionar a carreira dos artistas e atrair mais interesse para a arte africana no cenário global.