5ª Quinzena da cidadania leva livro aos são-tomenses por meio de uma feira

No quadro da quinta Quinzena da Cidadania, que decorre em São Tomé e Príncipe, está patente no Centro Cultural Português, uma feira de livros. No evento pode-se encontrar obras de diversos autores, tanto da literatura internacional como José Tolentino, Djaimila de Almeida, tanto de Ciências Sociais e livros de literatura infantojuvenil.  Os amantes da literatura…
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Feira de livros está patente, até ao final deste mês, no Centro Cultural Português, e tem como propósito contribuir para a promoção da leitura na Guiné-Bissau.
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No quadro da quinta Quinzena da Cidadania, que decorre em São Tomé e Príncipe, está patente no Centro Cultural Português, uma feira de livros. No evento pode-se encontrar obras de diversos autores, tanto da literatura internacional como José Tolentino, Djaimila de Almeida, tanto de Ciências Sociais e livros de literatura infantojuvenil. 

Os amantes da literatura africana podem tomar contacto com obras de escritores são-tomenses como São Lima, Francisco Costa Alegre ou Pedro Carvalho, bem como livros de Mia Couto e José Eduardo Água Lusa. O evento, aberto no passado dia 16, estará patente até ao final do mês em curso e tem como propósito contribuir para a promoção da leitura no país.

Rita Cavaco, em representação da Associação para a Cooperação Entre os Povos, avançou que a feira tem uma oferta diversificada de livros seleccionados. “Uma escolha que nós achamos que é muito rica. Temos mais do que um exemplar de cada livro e penso que os livros serão suficientes. São temáticas relevantes para o desenvolvimento do país e trouxemos também o que foi permitido dentro do orçamento existente. Os preços são os mais baixos que conseguimos, portanto são acessíveis a todos”, explicou.

Por sua vez, o presidente da Federação das Organizações Não-Governamentais (FONG) de São Tomé e Príncipe, considera a feira como “um palco privilegiado” para se cultivar o espírito de leitura e de cidadania. “Os livros de autores nacionais estão bem destacados na feira, o que é uma mais-valia. Temos ofertas variadas e encontra-se de tudo um pouco. O importante é adquirir um livro e a preço acessível”, frisou Cristiano Costa.

A organização garante a queles que se deslocarem ao Centro Cultural Português uma diversidade de livros para a família, mas também ensaios. E quem lá já esteve, como é o caso da cidadã Lilia Aba, diz ser uma “iniciativa importante”, tendo em conta as dificuldades existentes para se pôr os livros a circular no espaço da língua portuguesa.

David Dias, outro amante da literatura, assume ter ficado encantado com a “riqueza” das obras patentes. “Feira de livro é algo que quase não se faz no país. Portanto, é uma boa oportunidade.  Além disso, tomei contacto com obras de escritores espectaculares como Mia Couto e Ondjacki. A feira está fabulosa. Eu espero que essa iniciativa venha a se repetir mais vezes”, augurou.

Já Domitilia Trovoada destaca o facto de ter tomado contacto com livro das áreas em que fez o mestrado e outros de estudos sobre mulheres. “Para mim é bom recordar essas senhoras que contribuíram para a maior participação da mulher na vida política, social e económica. Penso que temos de criar grupos de reflexão e hábitos de leitura. Não gostamos de ler. O nosso dinheiro deve ser investido também no nosso conhecimento”, defendeu Trovoada.

De realçar que a quinta Quinzena da Cidadania, que decorre sobre o lema “Cultura e Direitos Humanos”, é uma organização conjunta da FONG – STP, Associação para a Cooperação Entre os Povos, Associação dos Jornalistas Santomenses e a Associação Santomense de Mulheres Juristas.

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