“Manga d‘Terra” chega aos cinemas portugueses

O filme “Manga d‘Terra”, filmado na Reboleira, chega aos cinemas portugueses na Quinta-feira passada, após emocionar espectadores, em passagens por festivais e mostras, com a força da mulher cabo-verdiana e o amor do realizador a este bairro na Amadora. Estreado mundialmente no Festival de Locardo no ano passado, e com passagem pelo Indie deste ano,…
ebenhack/AP
Estreado mundialmente no Festival de Locardo no ano passado, e com passagem pelo Indie deste ano, o filme é a terceira longa-metragem do realizador luso-suíço Basil da Cunha.
Life

O filme “Manga d‘Terra”, filmado na Reboleira, chega aos cinemas portugueses na Quinta-feira passada, após emocionar espectadores, em passagens por festivais e mostras, com a força da mulher cabo-verdiana e o amor do realizador a este bairro na Amadora.

Estreado mundialmente no Festival de Locardo no ano passado, e com passagem pelo Indie deste ano, o filme é a terceira longa-metragem do realizador luso-suíço Basil da Cunha, que volta a filmar no bairro onde reside, assim como a maioria dos actores – a Reboleira, no concelho da Amadora.

A personagem do filme, Rosa, uma jovem cabo-verdiana que adora cantar e deixa os filhos no arquipélago africano enquanto tenta a sua sorte em Portugal, encontra no seu percurso “uma sociedade patriarcal, dominada por homens brancos”.

Basil da Cunha contou que o filme revela os “mecanismos de solidariedade” entre as mulheres cabo-verdianas que ali vivem, elas que são “a base do bairro”.

“É um musical diferente dos outros, feito com actores não profissionais, na Reboleira, acerca das mulheres cabo-verdianas, da força das mulheres cabo-verdianas e com uma homenagem tremenda à música de Cabo Verde”, disse.

O cinema, diz a Lusa, serve também para isso, para criar mitos e exemplos nos quais as pessoas se possam reconhecer e é importante dar voz às mulheres negras em Portugal e mostrar a forma, a resiliência que elas têm e a força”.

Nascido na Suíça, Basil da Cunha assinou “Até ver a luz” (2013), que participou na Quinzena dos Realizadores de Cannes, e “O Fim do Mundo” (2019), que estreou em Locarno.

Mais Artigos