Cerca de 60% das empresas demostravam fragilidades nos indicadores económico-financeiros, reflectindo um elevado risco de crédito, com potencial de materialização de risco fiscal, como indica o Ministério da Economia e Finanças de Moçambique no seu documento denominado “Análise Saúde Financeira do Sector Empresarial do Estado”.
O documento indica ainda que algumas empresas do Sector Empresarial do Estado têm uma missão dupla de atender tanto aos objectivos sociais quanto aos objectivos económicos. “Isso pode criar desafios na alocação de recursos e na tomada de decisões, especialmente quando os objetivos sociais entram em conflito com a busca de lucro ou eficiência económica”, lê-se.
A “Análise “Saúde Financeira do Sector Empresarial do Estado” de Moçambique revela também que 70% das empresas apresentaram ao longo dos exercícios económicos, resultados líquidos negativos. Um desempenho que conforme o documento “é influenciado pelo preço social praticado aquando da provisão de bens e serviços a sociedade”, aponta o documento a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso.
Como se não bastasse, o documento indica ainda que 50% das empresas comerciais e maioritariamente participadas pelo Estado apresentaram incertezas e exposição às condições adversas do negócio.
Não obstante ao universo de coisa negativas, os dados indicam que o stock da dívida das empresas do sector diminuiu em cerca de 80%, favorecendo a contração da dívida do SEE em relação ao PIB de 22% em 2021 para 4% nos tempos actuais.