Acesso ao negócio pode estar na base dos potenciais despedimentos no BIC – diz economista

O economista Yuri Quixina, defende que o anúncio da possibilidade de encerramento de agências do Banco Internacional de Crédito (BIC) e consequente despedimento de 400 funcionários tem que ver com questões de rentabilidade e acesso ao negócio. O também docente Yuri Quixina, que disse estar a acompanhar de perto o caso do banco, referiu que…
ebenhack/AP
Economista e docente universitário defende também que negócio da banca em Angola enfrenta forte adversidade.
Economia

O economista Yuri Quixina, defende que o anúncio da possibilidade de encerramento de agências do Banco Internacional de Crédito (BIC) e consequente despedimento de 400 funcionários tem que ver com questões de rentabilidade e acesso ao negócio.

O também docente Yuri Quixina, que disse estar a acompanhar de perto o caso do banco, referiu que o BIC tem estado a ser “vítima” de uma realidade em que há facilidades para uns e não para outros.

“O banco tem dificuldades no acesso a divisas”, disse, tendo apontado também para dificuldades no que a empréstimos ao Estado diz respeito

“Se olhar para as contas do banco, vai ver que a relevância do empréstimo ao Estado é residual”, disse Yuri Quixina.

Não obstante, o economista que falava em exclusivo à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, defendeu que o anúncio é mais uma chamada de atenção ao regulador e ao Governo que uma verdadeira intenção de despedir trabalhadores.

O interlocutor foi mais além e estendeu a reflexão ao sector bancário angolano no geral, o qual diz estar com lucros ilusórios, inflacionados.

“O negócio da banca em Angola enfrenta forte adversidade, não há divisas, por conta de questões que transcendem os bancos, não há ambiente para créditos, já que as empresas estão a fechar e as pessoas mais pobres, e como se não bastasse, também caiu o negócio dos salários, já que, se não há empresas, não há salários”.

Mais Artigos