A exportação cabo-verdiana de peixe enlatado aumentou 17% nos primeiros quatro meses deste ano, comparando com o mesmo período de 2023, segundo dados do banco central.
Com as contas da primeira terça parte do ano fechadas, o total de peixe enlatado exportado por Cabo Verde chegou a cerca de dois mil milhões de escudos (18 milhões de euros).
Os dados da exportação têm grandes oscilações no período: o valor mais baixo foi de 86,4 milhões de escudos (785 mil euros) em janeiro e o mais alto foi quase 11 vezes maior, chegando a 947,1 milhões de escudos (8,6 milhões de euros) em Março.
O peixe enlatado (atum, melva, cavala e sarda) representa 75% das exportações de mercadorias de Cabo Verde e vai quase todo para Espanha, país de origem dos grupos privados que têm as principais unidades de processamento e conservas do arquipélago.
Uma delas (Atunlo) está parada desde fevereiro, entrou em falência em Espanha e o sindicato do setor em Cabo Verde não tem informações sobre o futuro dos 210 trabalhadores da fábrica, na ilha de São Vicente.
A produção de enlatados, segundo a Lusa, depende de peixe capturado fora de Cabo Verde, mas que está autorizado a beneficiar das mesmas isenções aduaneiras para entrar na Europa, como se fosse do arquipélago, graças a uma derrogação de regras concedida pela União Europeia (UE).