A Guiné-Bissau dará início ao seu primeiro furo de prospecção de petróleo em águas profundas no próximo dia 8 de Setembro, segundo revelou à Lusa Celedónio Vieira, director-geral da Petroguin, a estatal dos petróleos.
O furo, denominado Atum 1 X, será realizado no bloco 2, “Sinapa”, e é resultado de uma licença de pesquisa detida pela Petroguin em parceria com a Apus Energia Guiné-Bissau, um consórcio composto pela Petromal dos Emirados Árabes Unidos e pela Lukoy, a maior companhia petrolífera da Rússia.
Celedónio Vieira explicou que a perfuração será feita por um navio especializado, atualmente em negociações para operar no Senegal, e que a operação está prevista para durar 45 dias. Após a conclusão do furo, serão necessários cerca de 18 meses para analisar os resultados e determinar a presença de petróleo. Caso o petróleo seja encontrado, estudos adicionais serão necessários para avaliar seu valor comercial.
O director-geral expressou otimismo, destacando que o furo será realizado na mesma região onde o Senegal recentemente fez descobertas de petróleo. No entanto, alertou para a complexidade do projecto devido à profundidade das águas, a 3.100 metros, o que exige tecnologia de perfuração avançada e apropriada.
Desde os anos 1960, a Guiné-Bissau realizou 14 furos de prospeção no offshore e quatro no onshore, sem sucesso comercial até agora. O último furo foi realizado em 2008.
