Mais de 130 obras portuguesas apoiadas em 2024

Mais de 130 obras de autores de língua portuguesa foram apoiadas este ano pela Linha de Apoio à Tradução e Edição (LATE), com um investimento total de 265 mil euros. A iniciativa, promovida pela Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) em colaboração com o Camões - Instituto da Cooperação e da Língua,…
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Mais de 130 obras de autores de língua portuguesa foram traduzidas e apoiadas este ano pela Linha de Apoio à Tradução e Edição, com um investimento de 265 mil euros em 42 países.
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Mais de 130 obras de autores de língua portuguesa foram apoiadas este ano pela Linha de Apoio à Tradução e Edição (LATE), com um investimento total de 265 mil euros. A iniciativa, promovida pela Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) em colaboração com o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, tem como objetivo a internacionalização de obras escritas em português por autores de Portugal, dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e de Timor-Leste.

Os resultados foram divulgados revelam que, em 2024, foram contempladas 133 publicações em 42 países e 32 idiomas, com um ligeiro aumento no financiamento em comparação com o ano anterior, que foi de 250 mil euros. Embora o número de editoras envolvidas tenha diminuído de 104 para 100 e os países destinatários tenham diminuído de 45 para 42, o apoio financeiro aumentou em 15 mil euros.

Segundo a Lusa, entre as obras traduzidas este ano destacam-se clássicos da literatura portuguesa como “Os Lusíadas”, de Luís de Camões, traduzido para espanhol, grego e polaco, e a lírica camoniana traduzida para árabe e italiano. Outras obras notáveis incluem “Auto da Barca do Inferno” e “Farsa de Inês Pereira” de Gil Vicente, “O Mandarim” e “A Cidade e as Serras” de Eça de Queirós, e “Ensaio sobre a Cegueira” de José Saramago.

A lista de autores abrangidos inclui nomes como António Lobo Antunes, Mia Couto, José Eduardo Agualusa, Lídia Jorge, entre outros. O regresso de “Novas Cartas Portuguesas”, de Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa, aos mercados de Espanha e França em novas traduções também foi destacado.

O castelhano continua a ser o idioma mais representado, com 25 traduções, seguidas pelo italiano, francês e inglês. A DGLAB observou ainda um aumento na diversificação das línguas, com traduções para idiomas menos comuns como zarma, azeri, indonésio, marati, bengali, cingalês e vietnamita.

A análise das propostas foi realizada por uma comissão composta por representantes da Associação Portuguesa de Escritores, da Associação Internacional de Lusitanistas, do Camões e da DGLAB.

A LATE foi lançada em 2020 e, nesse ano, apoiou 152 projetos editoriais em 44 países.

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