Numa altura em que que o Governo angolano define medidas para revitalizar o sector do turismo, a Hositour Angola – agência de turismo de passeio turístico, tem estado a desenvolver um trabalho com várias embaixadas presentes no país, no sentido de atrair investimento estrangeiro para dar suporte aos pequenos empreendedores.
Mantendo contacto com os diplomatas, a agência quer chegar aos empresários estrangeiros que actuam em diversos sectores da economia nacional.
Falando à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA Simão Caetano, o director-geral da Hositour Angola, Simão Caetano, referiu que com as embaixadas pretende-se também quantificar o número de investidores e empresários que tem no país.
Segundo o responsável, já estiveram reunidos com a Embaixada da Alemanha em Angola, seguindo-se um encontro com a Embaixada do Brasil em Angola, que será realizado na próxima Quarta-feira, 21 de Agosto.
“Estamos a fazer isso para movimentar a economia. Tendo isso resolvido, as embaixadas poderão nos conectar aos empresários, a fim de facilitar esse processo. Nós organizamos tours privados e acabamos por fazer uma diplomacia económica”, detalhou o jovem de 27 anos formado em Gestão Empresarial na África do Sul.
Entretanto, acrescentou, durante a excursão de negócios, a agência de turismo de passeio turístico leva uma equipa para produzir documentário para promover as zonas turísticas do país.
Além de dirigir a Hositour Angola, Simão Caetano é co-fundador da CNT Corporate, uma empresa prestadora de serviços nas áreas de consultoria de negócios, mentoring, treinamento corporativo, branding, tecnologia, lobbies e serviços de criação e gerenciamento de projectos que visa desenvolver e expandir empresas e negócios em todo o mundo.
Medidas tomadas pelo Estado angolano para revitalizar o sector
Em Março deste ano, o Presidente da República de Angola, aprovou o Plano Nacional de Fomento ao Turismo (PLANATUR) para facilitar o acesso e a mobilidade interna de turistas, assim como assegurar um investimento directo em grande escala no país.
No entanto, para a materialização deste programa, o Governo angolano prevê gastar, entre 2024 e 2027, aproximadamente 2,5 biliões de kwanzas (3 mil milhões de dólares), que ficará, inicialmente, sob a responsabilidade do Ministério da Cultura.
O PLANATUR concentrar-se-á em oito províncias com maior potencial turístico, nomeadamente Benguela, Luanda, Kuando Kubango, Kwanza Norte, Malange, Namibe, Huíla e Zaire.
O Plano Nacional de Fomento ao Turismo será desenvolvido por fases, e o montante previsto será disponibilizado em quatro parcelas: a primeira, com cerca de 4,5 mil milhões de Kwanzas, destina-se a despesas de apoio ao desenvolvimento, abrangendo acções a curto e médio prazos, incluindo capacitação, estruturação, promoção e desenvolvimento da oferta turística.
Por outro lado, a segunda parcela, com 2,2 biliões de kwanzas, estará relacionada com os Investimentos Públicos que, a médio prazo, abarcarão ações de requalificação dos principais recursos turísticos nas províncias prioritárias, assim como a infraestruturação dos Pólos de Desenvolvimento Turístico de Cabo Ledo, Calandula e Okavango.
O Plano Nacional de Fomento ao Turismo está estimado, do ponto de vista orçamental, em mais de 276 mil milhões de kwanzas, a serem repartidos em três componentes, nomeadamente o Programa de Investimentos Públicos, Despesas de Apoio ao Desenvolvimento e Crédito Público.
