MozTex quer recuperar título de gigante regional

A empresa MozTex, um investimento da Rede Aga Khan, procura, há 15 anos, revitalizar a indústria têxtil em Moçambique, um sector em que o país já foi o "gigante" na África austral. "Foi-nos feito um apelo, a nível do Estado, para que o Fundo Aga Khan para o Desenvolvimento Económico pudesse replicar a experiência que…
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Dedicada à produção de tecidos para o mercado interno e para o ex-bloco socialista da Europa do Leste, a TEXLOM colapsou e, por quase 10 anos, as infra-estruturas degradaram-se.
Economia

A empresa MozTex, um investimento da Rede Aga Khan, procura, há 15 anos, revitalizar a indústria têxtil em Moçambique, um sector em que o país já foi o “gigante” na África austral.

“Foi-nos feito um apelo, a nível do Estado, para que o Fundo Aga Khan para o Desenvolvimento Económico pudesse replicar a experiência que temos neste sector no Quénia, em Moçambique. Este é um projecto de investimento a longo prazo”, explicou Rui Carimo, adjunto do representante diplomático da Rede Aga Khan, em entrevista à Lusa.

São 15 anos desde o arranque das operações da MozTex, uma fábrica reconstruída sob as ruínas da antiga TEXLOM, que era a maior empresa da indústria têxtil em Moçambique e uma das referências na área na África austral, localizada na Matola, nos arredores da capital moçambicana.

Dedicada à produção de tecidos para o mercado interno e para o ex-bloco socialista da Europa do Leste, com o qual Moçambique mantinha relações estreitas desde a luta de libertação, a TEXLOM colapsou e, por quase 10 anos, as infra-estruturas degradaram-se.

“O primeiro investimento que teve que ser feito [para criação da MozTex] foi ao nível da reabilitação das infraestruturas. Nos primeiros 12 anos, a fábrica deu-nos resultados negativos”, declarou Rui Carimo.
No total, a Rede Aga Khan investiu mais de seis milhões de dólares para remontar a fábrica, mas o principal desafio esteve sempre ligado à mão de obra, que tinha de ser formada.

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