Empresários moçambicanos criticaram nesta Quarta-feira a decisão do banco central de voltar a descer a taxa de juro de política monetária de 14,25% para 13,50%, referindo que a instituição ignorou a falta de divisas no mercado nacional.
“O Banco de Moçambique ignorou a situação pela qual passa o mercado de divisas em Moçambique, que tem vindo a registar, nos últimos tempos, uma menor disponibilidade de divisas”, apontou o vice-presidente da Confederação das Associações Económicas (CTA), Zuneid Calumia.
O Comité de Política Monetária do Banco de Moçambique decidiu em 30 de setembro voltar a descer a taxa de juro de política monetária, designada por MIMO, de 14,25%, em vigor desde julho, para 13,50%, anunciou a instituição.
“Esta decisão é sustentada pela contínua consolidação das perspetivas de manutenção das perspetivas de inflação em um dígito, no médio prazo, num contexto em que a avaliação dos riscos e incertezas associados às projeções da inflação mantém-se favorável”, justificou, em comunicado, o banco central, após a reunião do Comité, que se realiza a cada dois meses.
Em conferência de imprensa, em Maputo, diz a Lusa, o sector empresarial moçambicano pediu “mudança de postura” do banco central, defendendo que “não tem fundamento teórico e nem empírico” a decisão de manter a taxa de reservas obrigatórias em 39,5%, quando em 2022 era de 11,5%, face à falta de divisas no mercado interno.
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