O Presidente moçambicano lançou nesta Sexta-feira a primeira pedra para a construção da ponte-cais da Ilha de Inhaca, Maputo, considerada a “maior do mundo”, com quase um quilómetro de extensão, tendo-a considerado “prenda dos 50 anos da independência, a assinalarem-se em 2025.
“Acredito que no próximo ciclo, dentro de 12 meses, [o próximo] Presidente terá de vir fazer a entrega desta infra-estrutura como a prenda dos nossos 50 anos de independência. É uma boa prenda. KaNyaka [ou Inhaca] precisou de 50 anos para ter ponte e vai ter”, declarou Filipe Nyusi, durante cerimónia de lançamento da primeira pedra naquela ilha.
A construção da ponte-cais está avaliada em 13,5 milhões de dólares e deverá incrementar o turismo, trocas comerciais e pesquisas na ilha de Inhaca, segundo perspectivou o chefe de Estado moçambicano, sublinhando que será a “maior ponte cais do mundo”, ao ter uma extensão de quase um quilómetro.
Situada à entrada da baía de Maputo, no sul de Moçambique, Inhaca é um dos principais pontos turísticos da província, mas a ligação entre a ilha e a cidade é ainda deficitária, devido à reduzida oferta de transporte marítimo e condições de atracção.
Filipe Nyusi convidou também agentes económicos a explorarem e investirem em Inhaca, destacando as potencialidades turísticas da ilha, que pede que seja preservada.
“Esta ponte cais irá, ao mesmo tempo, preservar a herança natural e cultural que torna Inhaca numa ilha única e especial. A cidade de Maputo passará a ter duas atrações, neste caso concreto em termos de travessias de referência internacional. Me refiro à ponte suspensa (…) Maputo-Katembe [construída pela mesma empresa chinesa que assumiu a partir de hoje esta obra] e agora a maior ponte cais do mundo, a ponte cais de KaNyaka”, Nyusi.
Segundo dados do Ministério dos Transportes e Comunicações, o objectivo é substituir a ponte-cais da ilha de KaNyaka por uma nova estrutura que permita, entre outros, acomodar passageiros e um veículo de emergência de até cinco toneladas, em qualquer tipo de maré, situação que não se verifica actualmente.
Naquela ilha, a alguns minutos da capital, residem mais de 6.000 pessoas, administrativamente integradas na cidade de Maputo. A infra-estrutura pretende colocar a ilha de Inhaca entre os polos turísticos da cidade, ao melhorar a acessibilidade.
Parte do financiamento para esta empreitada será garantida pela Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC), concessionária do porto da capital, no âmbito do prolongamento do contrato de concessão até 2058.
Trata-se de um pacote de 15 milhões de dólares fora do investimento de quase 2 000 milhões de euros para a expansão do porto, destinado a seis projectos sociais a suportar pela MPDC, incluindo esta ponte-cais.
