Angola prevê lançar este ano projecto de “Cabotagem Norte”

O Governo angolano prevê lançar este ano o projecto de “Cabotagem Norte”, que integra os terminais de cabotagem e transporte de passageiros, terminal de águas profundas do caio e o desenvolvimento da zona franca do caio. A informação foi avançada esta Quinta-feira, em Luanda, pelo do director da direcção nacional para Economia das Concessões, do Ministério dos…
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Caioporto, empresa Portuária de Cabinda, por exemplo, foi criada com um investimento estimado de 800 milhões de dólares, de acordo com o Ministério dos Transportes.
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O Governo angolano prevê lançar este ano o projecto de “Cabotagem Norte”, que integra os terminais de cabotagem e transporte de passageiros, terminal de águas profundas do caio e o desenvolvimento da zona franca do caio.

A informação foi avançada esta Quinta-feira, em Luanda, pelo do director da direcção nacional para Economia das Concessões, do Ministério dos Transportes, Eugénio Fernandes, durante a conferência “Desenvolver Angola com Infra-estruturas”, iniciativa da ALC Advogados.

“É um projecto que vamos lançar este ano, e temos todas peças concluídas. A ideia é usar essa infra-estrutura. Nós temos dois terminais, um no Soyo e outro em Cabinda, e a ideia é usar essas infra-estruturas, desde o quebra-mar e os dois terminais, para fomentar o negócio da cabotagem e também vão servir para cortar um bocado a informalidade que existe no Norte”, explicou.

A Caioporto, segundo o relatório do Ministério dos “Transportes sobre O Sector dos Transportes e o Seu Impacto na Economia”, foi criada como veículo específico para a concessão do financiamento, planeamento, concepção, construção e operação do projecto do novo terminal portuário do Caio, com um investimento estimado de 800 milhões de dólares e, desde 2021, é detida pela Empresa Portuária de Cabinda.

Entretanto, o projecto está a ser desenvolvido em duas fases, sendo que a primeira fase está localizada a 8km do Porto de Cabinda e terá uma área de 150 hectares

O documento indica igualmente que o desenvolvimento do Porto de Caio apresenta uma forte oportunidade para o desenvolvimento de uma Zona Franca que pode impulsionar o crescimento económico de Cabinda.

 O Projecto de Zona Franca, diz o Governo, visa responder às diversas necessidades económicas, sociais e estratégicas do país e da região, numa infra-estrutura multifuncional e avançada.

“A Zona Franca poderá contribuir para o PIB de Angola à escala nacional, assim como gerar significativas oportunidades de empregos. A criação de um hub regional, com a integração dos serviços de transportes e da logística, a construção de infra-estruturas modernas e eficientes (terminal de contentores em águas profundas) combinado com o desenvolvimento de uma Zona Franca”, descre o relatório.

O Ministério dos Transportes sublinhou ainda que a integração dos transportes de passageiros e da logística com os países vizinhos, como uma interface para o transporte de passageiros (Cabinda/Soyo/Luanda), o potencial para as trocas comerciais com a movimentação de mercadorias e veículos que trafegam entre os portos de Cabinda (Principal porto de operações da província de Cabinda), Soyo (localizado na fronteira entre Angola e a República Democrática do Congo (RDC), a cerca de 350 km a norte de Luanda) e N’Zeto-Zaire, Matadi-RDC, Luanda e Lobito-Benguela.

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