Altas taxas de juro do crédito bancário ‘complica’ actividade empresarial, diz Jaime Freitas

As altas taxas de juro do crédito bancário em Angola foram apontadas pelo empresário Jaime Freitas como um dos maiores entraves à actividade empresarial no país, tendo apelado o Governo a criar "instrumentos de crédito bonificados", especialmente para pequenos e médios empresários, "para que o país possa arrancar". “Há tantos empresários que querem investir, mas…
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Renomado empresário angolano aponta o alto custo do crédito bancário como das maiores dificuldades dos empresários no país e lança apelo ao Governo para a bonificação.
Economia Negócios

As altas taxas de juro do crédito bancário em Angola foram apontadas pelo empresário Jaime Freitas como um dos maiores entraves à actividade empresarial no país, tendo apelado o Governo a criar “instrumentos de crédito bonificados”, especialmente para pequenos e médios empresários, “para que o país possa arrancar”.

“Há tantos empresários que querem investir, mas as taxas de juro para o pagamento do crédito são muito altas e isso dificulta os investidores”, referiu o conceituado empresário, com cartas dadas dentro e fora de Angola, em entrevista à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA.

Por outro lado, Jaime Freitas, que se tem destacado também em investimentos na área do turismo, defendeu que a melhoria da hospitalidade para os turistas passa pela capacitação dos funcionários do sector, algo que diz ter vindo a fazer com os seus colaboradores.

Na visão do empresário, a formação é também uma forma de reter colaboradores, que encaram na acção uma oportunidade para progressão na carreira. Como exemplo, apontou a sua unidade hoteleira Pululukwa, no município do Lubango, província da Huíla, onde, garante, 60% dos funcionários exercem actividade desde a inauguração do referido empreendimento.

“Isso quer dizer que as pessoas se sentem razoavelmente bem, que vão aprendendo e evoluindo dentro da empresa. A formação aos jovens é fundamental”, advogou.

Entretanto, o bem-sucedido empresário considera que na hotelaria os ganhos são insignificantes, afirmando que continua a investir no sector turístico “por ser amante da natureza, do país e das belezas que ele carrega”, mas que, efectivamente, suporta alguns prejuízos durante muitos anos.

A caminhada não tem sido fácil, mas Jaime disse continuar motivado a prosseguir, com a convicção e esperança de que, no futuro, a rentabilidade no sector “vai crescer significativamente”.

*Napiri Lufánia

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