O comando é delas

As mulheres continuam a ser uma minoria na liderança das empresas. Paula Amorim é, por isso, uma excepção. Comanda um império de 4 mil milhões de euros, que se estende da energia à moda, ao mesmo tempo que promove negócios em nome individual. No tecido empresarial nacional, Paula é uma raridade. São muito poucas as…
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São a elite empresarial no feminino e estão na lista organizada pela FORBES. No topo figura Paula Amorim, líder de um império de 4 mil milhões de euros com origem na cortiça.
Destaque

As mulheres continuam a ser uma minoria na liderança das empresas. Paula Amorim é, por isso, uma excepção. Comanda um império de 4 mil milhões de euros, que se estende da energia à moda, ao mesmo tempo que promove negócios em nome individual.

No tecido empresarial nacional, Paula é uma raridade. São muito poucas as mulheres que ocupam o papel de comandante do navio. Continuam a ser raras as mulheres que preenchem a cadeira da presidência das empresas nacionais. Entre as 100 maiores empresas nacionais, apenas se contam cinco mulheres na liderança dos negócios – há um ano eram apenas quatro. É um número extremamente reduzido que não tem revelado sinais de melhoria significativa nos últimos anos. Em 2017, a consultora Deloitte, no relatório “Women in Boardroom”, revelava que, em Portugal, apenas 13% dos cargos de administração de empresas cotadas eram ocupados por mulheres e não havia uma única mulher como presidente-executiva entre as empresas da Euronext Lisboa.

Entre as 100 maiores empresas nacionais, apenas se contam cinco mulheres na liderança dos negócios – há um ano eram apenas quatro.

A pouca presença de mulheres na liderança de negócios não é uma exclusividade de Portugal, nem de um sector em particular. Segundo dados do Instituto Europeu para a Igualdade de Género (EIGE) referentes a Abril, apenas 7,4% das maiores empresas europeias são lideradas por mulheres. O número é ainda mais minguado quando olhamos para o sector financeiro: actualmente, apenas 2% dos líderes de bancos são mulheres. “Isto é ridiculamente baixo, porque as mulheres, no mundo inteiro, na maioria das famílias, são quem normalmente gere o dinheiro. E fazem-no bastante bem”, refere Christine Lagarde, ex-directora-geral do Fundo Monetário Internacional e actual governandora do Banco Central Europeu, ao programa televisivo “60 Minutos”, da CBS.

Paula Amorim é a portuguesa mais poderosa no mundo dos negócios, mas não está sozinha nesta caminhada. Saiba quem são as mulheres mais poderosas de Portugal, o que fazem e o seu percurso de sucesso na edição de Dezembro da FORBES.

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