Maria Carmo-Fonseca, directora do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (IMM), é uma das maiores especialistas portuguesas na área da genética. Cada vez se sabe mais sobre o que pode mitigar o sofrimento humano, e a sua investigação contribui para se perceber como se fará o prolongamento da vida através do rejuvenescimento do corpo. Não estamos longe disso, garante. Mas o grande salto, súbito, que mudará tudo, ainda está por acontecer.
A investigação de Carmo-Fonseca contribui para se perceber como se fará o prolongamento da vida através do rejuvenescimento do corpo
A directora do IMM recebe a FORBES no seu gabinete das instalações da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, onde o Instituto está sediado. Maria Carmo-Fonseca é uma personalidade discreta, ponderada, mas profundamente apegada ao seu propósito de vida: a investigação científica em genética e a sua aplicabilidade na saúde humana. Resigna-se às verbas alocadas pelo Estado à ciência e elogia a entrada de capital privado – fundos de investimento – para promover a entrada de soluções inovadoras no mercado. Diz que a chave para o combate de doenças que mutilam indivíduos e famílias, como a doença de Alzheimer, está mais no atrasar do envelhecimento das células do que no combate às causas da doença em si. Pragmática, afirma não saber quando se dará o próximo grande “salto”, a nova grande descoberta, mas tem a certeza que além do sucesso científico, este trará também novos desafios à humanidade.
Uma entrevista a não perder na FORBES de Fevereiro.