Transferência bancária é a preferência nos pagamentos online

Um estudo que analisa as lojas virtuais em Angola, produzido entre Junho e Outubro de 2020 pela Select Services – empresa especializada em tecnologia digital, revela que 80% dos pagamentos nas lojas online no país ainda são    feitos   por   transferência   bancária   directa. De acordo com o estudo, o pagamento em numerário, com 13%, é a…
ebenhack/AP
Especialistas aconselham maior investimento no desenvolvimento de plataformas de raiz, pensando no perfil dos clientes e métodos de pagamentos seguros, como por exemplo a liquidação por referência.
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Um estudo que analisa as lojas virtuais em Angola, produzido entre Junho e Outubro de 2020 pela Select Services – empresa especializada em tecnologia digital, revela que 80% dos pagamentos nas lojas online no país ainda são    feitos   por   transferência   bancária   directa.

De acordo com o estudo, o pagamento em numerário, com 13%, é a segunda preferência dos clientes, seguido do cartão de crédito ou da Pay Pal (4%) e do pagamento por referência multicaixa, com 3%.

Por categorias de lojas virtuais, a pesquisa indica que 42% são de produtos diversos e classificados, 24% de tecnologia e electrónicos, 15% de moda e beleza, 11% de bens alimentares, enquanto 8% encontram-se em classes como transportes, mobiliários, música e serviços.

Os dados do documento mostram ainda que cerca de 76%  das lojas virtuais são pesadas durante a  fase  de  processamento, situação que concorre com o “aumento do tempo de carregamento primário”. A lentidão relatada por muitos utentes de lojas virtuais em Angola regista-se mais nas plataformas   de   produtos   diversos   e   classificados, situação   que contribui para   o aumento do número de desistências no processo de compra.

“Entendemos que é preciso apostar na qualidade dos processos operacionais, para que elas  sejam  verdadeiramente  úteis  e  possam  garantir  uma  experiência  de  compra cómoda, rápida e simples aos clientes”, defende Lizandro  Chissupa,  director-geral  da Select Services.

O estudo publicado em Março de 2021, dá conta que as maiores falhas registadas nas lojas  online que  operam  no  país  estão  relacionadas  com o design das interfaces e com a pouca qualidade das imagens dos produtos em exposição.

No referido relatório a que à FORBES teve acesso, especialistas da Select Service aconselham aos empreendedores a investirem no desenvolvimento   de plataformas de raiz, pensando no perfil dos clientes, assegurar a redução significativa do tempo de resposta da plataforma e oferecer métodos de pagamentos seguros, como por exemplo, a liquidação por referência.

Em em relação ao alcance, os autores da pesquisa referem que   61% das lojas online actuam na província de Luanda, 28% nas   18 províncias do   país, e   11%   nas províncias de Benguela, Huíla, Kwanza Sul e Malanje.

Seis lojas garantem ambiente saudável

O estudo sobre  a análise das lojas online em Angola revela,  visou analisar a performance das lojas online disponíveis no mercado nacional quanto a sua classificação em termos de categoria, interface, facilidade de operacionalização, delimitar a  região  de actuação e aferir as formas de pagamentos disponibilizados.

A pesquisa realizada pela Select Services revela que apenas seis de um total de 50 lojas virtuais analisadas apresentam uma interface acima da média e garantem um ambiente saudável de compras pela internet. As lojas que dispõem de interface acima da média são a Bwe Vip store, NCR, Mamas e filhotes, Kubinga, Mamboo e a Tupuca.

O  resultado  do estudo refere, por isso, que cerca de 83% das lojas virtuais apresentam interface abaixo do padrão mínimo exigido internacionalmente.

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