Em 2005 nasceu em Angola a GA Angola Seguros, num apartamento que albergava apenas 12 colaboradores, que veio, em 2016, a mudar de nome, passando a designar-se Saham Angola Seguros.
A mudança de nome foi consequência da ligação que a empresa mantinha, desde 2013, com o grupo Saham, de origem marroquina, que, à data, adquiriu 50% do seu capital e passou a assumir a gestão daquela que no momento era a segunda maior companhia de seguros do país.
Agora, numa operação que envolve um dos maiores grupos de seguro de África, o Sanlam, e que resultou na compra, por parte deste, do Grupo Saham, num negócio avaliado em mil milhões de dólares, a seguradora volta a mudar de nome, assumindo a designação Sanlam Angola Seguros.
E porque a história de qualquer empresa não é feita unicamente por nomes, mas também por números, consta que o Saham transita para o Sanlam com um total de activos sob gestão de 62 mil milhões de dólares. O grupo Sanlam está no mercado de seguros há mais de 100 anos.
“Vamos manter o rigor, a qualidade e a nossa oferta diversificada de serviços, sem meter em causa o bom relacionamento que temos até agora com os nossos clientes, colaboradores e parceiros”, garantiu à FORBES, Andrea Sobrinho Aragão, responsável de marketing e comunicação da Sanlam.
Para o CEO da Sanlam, Phillipe Alliali, trata-se apenas de uma transição, uma passagem de valores e a mudança do nome. “Esta mudança tem sempre uma relação com a estrutura accionista”, diz.
Segundo apurou a FORBES, a seguradora encerrou 2020 com um volume de negócios de cerca de 19 mil milhões de dólares e lucros operacionais bruto na ordem dos 930 milhões de dólares. O grupo Sanlam tem a nível global 103.827 trabalhadores. Destes, 200 estão em Angola.
O administrador Executivo da Sanlam Angola Seguros, Donald Lisboa, avança que ainda este ano a seguradora prevê a criação de novos produtos e vai apostar “fortemente” na área vida, que representa apenas cerca de 2% do total do volume de prémio do mercado.