África foi responsável pela produção de 48% dos diamantes a nível do mundo em 2020

Em 2020, os países africanos produtores de diamantes, foram responsáveis por 48% do total da produção mundial de diamantes brutos, em volume (quilates), menos 15% face ao ano de 2019, em que a produção se situou nos 61 milhões de quilates de diamantes brutos, contra os 51 milhões produzidos em 2020. De acordo com dados…
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O ranking dos países africanos, é liderado por Botswana, responsável por cerca de 33% da produção, sendo também o maior produtor de diamantes do continente.
Economia

Em 2020, os países africanos produtores de diamantes, foram responsáveis por 48% do total da produção mundial de diamantes brutos, em volume (quilates), menos 15% face ao ano de 2019, em que a produção se situou nos 61 milhões de quilates de diamantes brutos, contra os 51 milhões produzidos em 2020.

De acordo com dados apresentados pelo técnico de estatística da comissão nacional do Processo Kimberley, Walter Wagner Hinda, no seminário de actualização de conhecimentos sobre o andamento do Processo Kimberley, dirigido a jornalistas e profissionais da área de comunicação ligados à Associação de Jornalistas Económicos (AJECO), realizado nesta Quarta-feira em Luanda, 2020 foi o ano mais baixo a nível de produção de diamantes da história da existência do Processo Kimberley.

O ranking dos países africanos, é liderado por Botswana, responsável por perto de 33% da produção, sendo também o maior produtor de diamantes do continente, aparecendo na segunda posição a República Democrática do Congo com 25%.

Enquanto isso, a terceira posição em termos de volume de produção é ocupada pela África do Sul, sendo que Angola, ocupa a quarta posição, com 15%, e Zimbabwe (5%) o quinto lugar. Já a vizinha Namíbia, responsável por 3% da produção, aparece na sexta posição.

Em termos de volume ou quantidade de receitas arrecadadas com a venda de diamantes, os seis países africanos tiveram um valor de 5,8 mil milhões de dólares em 2020.

A nível de valor ou receita, Botswana também ocupa a primeira posição em África, com 43%, enquanto Angola se posiciona no segundo lugar com um volume de venda na ordem dos 17%, seguida da África do Sul com 16% e da Namíbia com 12%, enquanto o Lesotho assume a quinta posição com 4%, seguido pelo Zimbabwe com 3%.

Walter Hinda justifica que existem países com níveis mais altos de produção, mas que não se encontram no ranking em termos de valor “pelo facto de o valor económico ou de comercialização dos seus diamantes ser muito baixo”, citando como exemplo a República Democrática do Congo.

“São países que produzem grandes quantidades de diamantes, mas, apesar disso, esses diamantes têm pouco valor comercial”, explicou o técnico, durante a sua dissertação sobre Estatísticas da Produção e Comércio Mundial de diamantes Bruto”.

 

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