Angola irá encaixar apenas um total de 1,07 mil milhões de dólares equivalentes a 0,15% de um total de 650 mil milhões que o Fundo Monetário Internacional (FMI) desbloqueou, esta semana, para salvar economias dos países-membros em dificuldades, de acordo com cálculos da FORBES, com base nos dados do organismo e uma nota do Ministério das Finanças (MINFIN).
O valor para Angola, assim como dos quase 200 países-membros daquela instituição de Bretton Woods, resulta da conversão de 95,8% da quota actual de que o país tem direito. No caso particular de Angola, com uma quota de 740,1 milhões DES, o desbloqueio representa uma fatia marginal de 0,15% do ‘bolo’ geral [650 mil milhões de dólares].
Na nota das Finanças enviada às redacções dos órgãos de comunicação social, o governo angolano esclarece que o desembolso do Fundo para Angola não se trata de um novo empréstimo do organismo a Luanda, mas sim de uma resposta daquele organismo financeiro ao apelo da comunidade internacional, alcançados no âmbito da Cimeira de Paris, realizada no passado dia 18 de Maio.
Na prática, o objectivo é mobilizar um pacote de ajuda massiva para ajudar os países, em particular os países africanos, no contexto do impacto da pandemia da Covid-19 e lançar as bases de um novo ciclo de crescimento, passando por uma maior inclusão do sector privado.
“O Ministério das Finanças torna claro que a presente alocação que Angola recebe não é um financiamento adicional no quadro do actual EFF que o país possui com o Fundo Monetário Internacional”, atesta o MINFIN, no documento datado de 25 de Agosto.
O valor, já disponível desde a passada Segunda-feira, 23, e de que Angola também dever ter parte, foram distribuídos de modo uniforme entre os países-membros do FMI, a uma proporção de 95,8% da quota individual.
Com isto, do total de 650 mil milhões de dólares, 375 mil milhões foram alocados às economias avançadas e 275 mil milhões às economias emergentes e em desenvolvimento, incluindo o total de 21 mil milhões para os países de rendimento baixo.
No documento, Angola felicita o organismo pelo elevado empenho na materialização desta mobilização geral de DES, o que, na visão do Governo, “ajudará no reforço da liquidez da economia global e no fortalecimento da capacidade de resposta de políticas de todos os países, em particular a República de Angola, num contexto onde todos enfrentam diversos desafios e precisam de combater um adversário comum: a pandemia de Covid-19”.