Presidente do INE diz que estatísticas estão longe da realidade da Guiné-Bissau

Os dados estatísticos da Guiné-Bissau estão desactualizados, o que leva a que indicadores como o Produto Interno Bruto (PIB) estejam subestimados, afirmou nesta Quarta-feira o presidente do Instituto Nacional de Estatística (INE), Roberto Vieira Roberto Vieira falava à margem da sessão de divulgação das contas externas de 2023 da Guiné-Bissau, calculadas pelo Banco Central dos…
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O INE, de acordo com o seu presidente, tem “um atraso tremendo” na recolha de dados, situação que mostrou referindo que as últimas contas fechadas pelo instituto relativamente ao país dizem respeito ao ano de 2018.
Economia

Os dados estatísticos da Guiné-Bissau estão desactualizados, o que leva a que indicadores como o Produto Interno Bruto (PIB) estejam subestimados, afirmou nesta Quarta-feira o presidente do Instituto Nacional de Estatística (INE), Roberto Vieira

Roberto Vieira falava à margem da sessão de divulgação das contas externas de 2023 da Guiné-Bissau, calculadas pelo Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO), durante a qual expôs a sua visão dos números.

O INE, de acordo com o seu presidente, tem “um atraso tremendo” na recolha de dados, situação que mostrou referindo que as últimas contas fechadas pelo instituto relativamente ao país dizem respeito ao ano de 2018.

“Por isso mesmo, nos rácios que eles estão agora a usar, o nominal pode corresponder, mas o real já não corresponde minimamente, (o que) faz com que os rácios não retratem a situação real do país”, observou.

O presidente do INE acredita que o PIB do país “é subestimado” e “não corresponde à realidade”, pois tem como centro da economia nacional a castanha de caju.

“E as pescas, o turismo? Só falamos de castanha de caju, mas a Guiné-Bissau não é só castanha de caju, por isso os números não retratam a realidade do país”, considerou, referindo-se também ao sector informal “muito elevado” no país.

Os dados divulgados, diz a Lusa, revelam que o défice das contas externas melhorou, em 2023, para quase um terço do ano anterior, caindo de 63,8 mil milhões de francos CFA (cerca de 93 milhões de euros) para 23,1 mil milhões de francos CFA (cerca de 35 milhões de euros), apesar de 2023 ter sido considerado dos piores anos da campanha de caju.

 

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