Arrancou esta Sexta-feira, em Luanda, a construção do primeiro Complexo Farmacêutico de Angola, que prevê produzir, anualmente, 1,7 milhões de comprimidos e cápsulas, 50 milhões de frascos de medicamentos injetáveis, 35 milhões de sacos de soro e 13 mil quilogramas de gases medicinais.
Localizado na Zona Económica Especial (ZEE) e liderado pela empresa angolana VitalFlow, o projecto ocupa uma área de 60 mil metros quadrados, com quatro unidades de produção distintas.
No final do lançamento da primeira pedra do complexo, desenvolvido em parceria com as portuguesas Medika e Gazcorp, o CEO das referidas empresas, Nuno Andrade, disse à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA que a infra-estrura representa um investimento de 80 milhões de euros, sendo que o Fundo Soberano de Angola entrou com uma participação de 57 milhões de euros.
“Iremos criar toda a cadeia de distribuição pelo país. Está prevista a criação de 160 postos de trabalhos directos e 400 indirectos. Nesta fase, teremos o arranque em dois turnos de produção. Teremos a possibilidade de estender a produção para um terceiro turno, que é o nosso objectivo a curto prazo”, informou o responsável.
De acordo com Nuno Andrade, o Complexo Farmacêutico de Angola vai ajudar a combater algumas doenças que afectam muitos angolanos, como as doenças cardíacas, malária, hipertensão, desnutrição, tuberculose, parasitismo e a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV).
“A infra-estrutura vai permitir o Governo reduzir de forma considerável a dependência do país face ao mercado estrangeiro, tendo em conta que, actualmente, 99% dos produtos de saúde angolanos são importados”, frisou.
Já o presidente do conselho de administração do Fundo Soberano de Angola, Armando Manuel, lembrou que a instituição que dirige tem como missão maximizar o retorno dos capitais em sua carteira.
“Mandam as boas regras da indústria que qualquer investidor deve, no máximo, diversificar a sua carteira nas mais variadas classes de activos, de tal modo que possa mitigar concentrações de riscos, o investimento deve gerar sustentabilidade e impacto no seio da população”, advertiu.