As receitas de Moçambique com turistas estrangeiros ultrapassaram os 200 milhões de euros em 2024, mas o Governo prevê chegar aos 360 milhões de euros em 2029, com a contribuição do sector a aumentar para 6% do PIB.
“Atrair grandes eventos internacionais, posicionando o país como um destino atrativo para o turismo de negócios e de eventos e outros investimentos”, e “fomentar mecanismos de marketing turístico, com forte aposta na componente digital” são algumas das prioridades definidas pelo Governo para o sector no Programa Quinquenal do Governo (PQG) 2025-2029.
Trata-se do primeiro PQG do Executivo liderado pelo Presidente Daniel Chapo, investido nas funções em Janeiro último e que vai ser discutido durante a primeira sessão parlamentar desta legislatura, que arranca hoje em Maputo.
O documento refere que o volume de receitas do turismo internacional ascendeu em 2024 a mais de 221,2 milhões de dólares (203,9 milhões de euros) e aponta a meta de 391,9 milhões de dólares (361,3 milhões de euros) em 2029.
Segundo as previsões do Governo, a contribuição do turismo para o Produto Interno Bruto (PIB) deverá passar dos 4,02% em 2024 para 6,0% em 2029, no final deste PQG, com o número de trabalhadores ao serviço no setor a crescer de 14.603 para 22.115 no mesmo período.
Em 2021, o setor valia 2,46% do PIB e dois anos depois o número de chegadas ao país disparou para mais de 870 mil, sendo 87% provenientes do continente africano e 6% da Europa, nomeadamente Portugal, então impulsionada decisão de isenção de vistos para turistas de 29 países, no quadro das medidas de aceleração económica definidas pelo Governo.
“Requalificar e reestruturar” os destinos turísticos para promover oportunidades de investimento em turismo e “incentivar o investimento público-privado em infra-estruturas que potenciem o turismo”, são outras prioridades do PQG até 2029.