Protestos pós-eleitorais em Moçambique causam prejuízos de 456 milhões de euros

Quase mil estabelecimentos comerciais e espaços sociais foram vandalizadas e destruídas nos protestos pós-eleitorais em Moçambique, causando 50 mil desempregados e prejuízos de 456 milhões de euros, segundo o Governo. “Durante as manifestações violentas, realizado até agora, foram destruídos mais de 955 estabelecimentos económicos e sociais, o que levou ao desemprego cerca de 50 mil…
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Devido às manifestações violentas pós-eleitorais, a nossa economia registou no quatro trimestre de 2024 uma contração em menos 4,87% contrariando a tendência de crescimento”, afirma a primeira-ministra moçambicana.
Economia

Quase mil estabelecimentos comerciais e espaços sociais foram vandalizadas e destruídas nos protestos pós-eleitorais em Moçambique, causando 50 mil desempregados e prejuízos de 456 milhões de euros, segundo o Governo.

“Durante as manifestações violentas, realizado até agora, foram destruídos mais de 955 estabelecimentos económicos e sociais, o que levou ao desemprego cerca de 50 mil pessoas, um número que poderá vir ainda a aumentar. Em termos de custo para a nossa economia, esta situação gerou um prejuízo calculado em cerca de 32,2 mil milhões de meticais [452,2 milhões de euros]”, disse a primeira-ministra, Maria Benvinda Levi, no parlamento, onde o Governo presta informações aos deputados.

A responsável disse ainda que as vandalizações e destruições de propriedades privadas afectaram a economia do país, para além de limitar a circulação de pessoas e bens, indicando que o Governo está a aplicar acções para a recuperação da economia.

“Devido às manifestações violentas pós-eleitorais, a nossa economia registou no quatro trimestre de 2024 uma contração em menos 4,87% contrariando a tendência de crescimento que vinha registando no primeiro, segundo e terceiro trimestres, que se situou na ordem de 3,2%, 4,5% e 3,68% respectivamente”, acrescentou a primeira-ministra moçambicana.

A governante admitiu também que a economia nacional foi severamente afectada pela época das chuvas, sobretudo com a ocorrência de três ciclones, entre Dezembro e Março, destruindo bens e matando pessoas.

“Nesta época chuvosa em termos cumulativos temos a destacar que foram afectadas 1.838.235 pessoas, sendo de lamentar o óbito de 310 e de 1.255 pessoas feridas, entre outros danos materiais avultados”, disse o porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, citado pela Lusa.

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