Institutos mundiais de saúde pedem investimento em saúde pública

Os institutos mundiais de saúde pediram, há dias, em Maputo, investimentos em saúde pública para travar futuras pandemias que ameaçam o mundo, apelando à “solidariedade” dos países no combate a novas doenças. No encerramento do encontro de dois dias de mais 100 institutos mundiais para debater novas ameaças de saúde pública, o director-geral do Instituto…
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“Há um chamado para que todos os actores globais e regionais invistam na saúde, sem saúde não existe desenvolvimento, prosperidade, saúde é elemento-chave, diz Eduardo Samo Gudo.
Economia

Os institutos mundiais de saúde pediram, há dias, em Maputo, investimentos em saúde pública para travar futuras pandemias que ameaçam o mundo, apelando à “solidariedade” dos países no combate a novas doenças.

No encerramento do encontro de dois dias de mais 100 institutos mundiais para debater novas ameaças de saúde pública, o director-geral do Instituto Nacional de Saúde de Moçambique (INS), Eduardo Samo Gudo disse que o investimento inclui formação dos profissionais.

De acordo com o director-geral do INS, o documento reconhece que o mundo “enfrenta um dos momentos mais críticos das últimas décadas”, em referência às mudanças climáticas, guerras, conflitos, crescimento populacional, apelando, para atenção ao financiamento global para saúde.

“Há um chamado para que todos os actores globais e regionais invistam na saúde, sem saúde não existe desenvolvimento, prosperidade, saúde é elemento-chave e basilar e são chamados todos os actores para que invistam e priorizem a saúde nas suas várias formas”, declarou Samo Gudo.

Segundo Eduardo Gudo, na apresentação da declaração de Maputo, no fim de dois dias da reunião anual da Associação Internacional dos Institutos Nacionais de Saúde Pública (IANPHI) o outro aspecto tem haver com recursos humanos.

“São crises que trazem desafios novos e isso exige uma força de trabalho em saúde pública que seja adaptada para resolver este tipo de problema e é preciso fazer investimento nesta componente”, referiu.

Na lista de ameaças de futuras pandemias mundiais, diz a Lusa, os institutos elencaram como preocupações o alastramento de vírus emergentes, como dengue e chikungunya, em todos os continentes, o aumento a nível mundial de casos de mpox, o aumento da frequência de surtos de febres hemorrágicas em África, nomeadamente Ébola, Marburgo, hantavírus, entre outros, e o rápido alastramento de bactérias altamente resistentes aos antimicrobianos que reduzem as opções de tratamento medicamentoso das infecções.

“A conclusão a que chegámos é que não tem como priorizar uma única doença pela multiplicidade de riscos e de ameaças presentes e futuras (…) Chegou-se a um consenso que vivemos um momento preocupante, já não estamos na era em que temos um desafio, uma doença, uma ameaça de pandemia de cada vez”, disse o director-geral do INS de Moçambique.

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