As manifestações pós-eleitorais provocaram, em cinco meses, prejuízos superiores a 14 milhões de euros à estatal Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), segundo a administração.
De acordo com informação do presidente do Conselho de Administração do CFM, Agostinho Langa, os prejuízos incluem a vandalização de quatro locomotivas e 14 carruagens.
A agitação social que se seguiu às eleições gerais de 09 de Outubro provocou, segundo o presidente, nomeadamente, perdas acumuladas de 14,88 milhões de dólares em carga que não foi transportada ou manuseada nos cinco meses de contestação nas ruas.
“Aos prejuízos causados pelas manifestações juntou-se a inoperância do sistema ferroviário do Zimbabué, impedindo o transporte de cerca de 1,3 milhão de toneladas previstas no nosso plano”, refere Agostinho Langa, na mesma informação.
Além disso, entre outros prejuízos, diz a Lusa, deixaram de ser transportados, estima a administração do CFM, 563.787 passageiros que habitualmente utilizavam os comboios da empresa, somando ainda 1,86 milhão de dólares de prejuízos em equipamentos e infraestruturas vandalizadas pelos manifestantes, nomeadamente de quatro locomotivas, 14 carruagens, três estações ferroviárias e 1.300 metros de linha ferroviária.
“Apesar dos constrangimentos” de 2024 no Sistema Ferroviário Nacional, Agostinha Langa avançou que foram transportadas cerca de 27,3 milhões de toneladas, um crescimento de 3% relativamente ao período homólogo de 2023.