Quatro países lusófonos têm novo património documental inscrito no programa Memória do Mundo da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), que anunciou esta a lista dos 74 itens.
Angola, Brasil, Cabo Verde e Moçambique são os países de língua oficial portuguesa com projetos reconhecidos na edição de 2025 do programa da UNESCO, que visa preservar o património documental da humanidade.
O Brasil vê reconhecidas duas candidaturas: O “Arquivo Carlos Chagas” e “O Mapa Etno-Histórico de Curt Nimuendaju: uma enciclopédia cartográfica a serviço das línguas, culturas e memórias dos povos indígenas”.
O “Arquivo Carlos Chagas”, do médico e cientista brasileiro Carlos Chagas, reflete, segundo a UNESCO, “os contextos científicos, sociais e culturais da descoberta da doença que tem o seu nome”, bem como a sua luta pela ciência e pela saúde.
Para a UNESCO, o estabelecimento do Dia Mundial da Doença de Chagas pela Organização Mundial da Saúde em 2019 “demonstra a importância dessa doença negligenciada na agenda global de saúde”.
O outro reconhecimento ao Brasil recai sobre o trabalho cartográfico “O Mapa Etno-Histórico de Curt Nimuendaju”, que é considerado um marco na história da antropologia. O documento, segundo a Lusa, sintetiza o conhecimento produzido sobre os povos indígenas no Brasil e regiões vizinhas, desde o século XVI até meados do século XX.