Três guineenses que conviveram com o Papa lembram-no como “homem de paz”

Os três guineenses, Dionísio Cumba, médico formado em Itália e ex-ministro da Saúde, Indira Pinto Monteiro, jornalista e Maisa Fernandes Marques Vieira, mulher do antigo embaixador guineense no Vaticano que conviveram com o Papa Francisco lembram a sua figura e o seu legado como “homem de paz” que se preocupava com os desfavorecidos no mundo.…
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Os guineenses Dionísio Cumba, Maisa Fernandes Marques Vieira e Indira Pinto Monteiro falaram sobre as memórias que guardam da figura do Papa Francisco.
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Os três guineenses, Dionísio Cumba, médico formado em Itália e ex-ministro da Saúde, Indira Pinto Monteiro, jornalista e Maisa Fernandes Marques Vieira, mulher do antigo embaixador guineense no Vaticano que conviveram com o Papa Francisco lembram a sua figura e o seu legado como “homem de paz” que se preocupava com os desfavorecidos no mundo.

Os guineenses falaram sobre as memórias que guardam da figura do Papa falecido.

Segundo Dionísio Cumba, sempre esteve ligado à Igreja Católica na Guiné-Bissau, onde foi, entre outras funções, membro do centro artístico juvenil, estudou medicina na cidade italiana de Pádua e mais tarde foi ministro da Saúde do país africano.

“O bispo da cidade de Pádua, onde estudei medicina, conhecendo a minha história, o meu percurso de vida, disse-me que tinha que contar a minha história de vida ao Papa”, explicou Cumba à Lusa, por telefone, a partir de Milão, onde actualmente exerce medicina.

Para a audiência, Dionísio Cumba levou o tradicional ‘pano de penti’, que na Guiné-Bissau simboliza amizade e um boneco de madeira.

“Pensei no que podia dar ao Papa, tinha em casa um ‘pano de pinti’, com a bandeira da Guiné-Bissau e uma escultura”, contou emocionado o médico.

Em 13 de Dezembro de 2021, Maisa Fernandes Marques Vieira acompanhou o marido, Carlos Edmilson Marques Vieira, ao Vaticano, quando este foi apresentar as cartas credenciais como embaixador guineense e não se esqueceu da emoção que sentiu ao apertar a mão do Papa Francisco.

Maisa Vieira, disse que na audiência, fez-se acompanhar dos três filhos numa sala onde se encontravam 80 embaixadores que se iam acreditar perante o Estado do Vaticano.

“O Papa falou connosco em três línguas: francês, português e espanhol. A seguir deu uma medalha a cada uma das pessoas que estavam naquela sala. Quando apertei as mãos do Papa, tinha de pedir algo, mas bloqueei-me devido à emoção”, afirmou a mulher do embaixador.

“Pediu-me duas vezes que pedisse algo para mim, mas não consegui, então, pediu-me que rezasse por ele”, conta.

Maisa Marques Vieira recorda com tristeza o facto de não terem levado nenhuma lembrança para o Papa justamente no dia em que fazia anos.

Já a jornalista da Televisão da Guiné-Bissau e representante da comunidade do Santo Egídio no país, Indira Pinto Monteiro disse que vai lembrar o Papa Francisco “como homem de paz” e que “se preocupava muito com os desfavorecidos, gente da periferia, idosos, presos e deficientes”.

Indira “teve o privilégio e honra” de se sentar ao lado do Papa Francisco numa missa na visita que este realizou à sede da comunidade do Santo Egídio em Roma em 29 de Janeiro de 2014.

Monteiro é membro do concelho de presidência da comunidade de Santo Egídio.

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