Dívida pública de Moçambique volta a passar os 100% do PIB este ano – FMI

A dívida pública de Moçambique vai novamente voltar a ultrapassar os 100% do PIB este ano, depois de dois anos abaixo da riqueza do país, prevê o Fundo Monetário Internacional (FMI) no 'Fiscal Monitor', divulgado nesta Quarta-feira. De acordo com a tabela que apresenta alguns indicadores macroeconómicos sobre a maior parte das economias, Moçambique deverá…
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De acordo com a tabela que apresenta alguns indicadores macroeconómicos sobre a maior parte das economias, Moçambique deverá registar uma dívida pública equivalente a 101,1% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano.
Economia

A dívida pública de Moçambique vai novamente voltar a ultrapassar os 100% do PIB este ano, depois de dois anos abaixo da riqueza do país, prevê o Fundo Monetário Internacional (FMI) no ‘Fiscal Monitor’, divulgado nesta Quarta-feira.

De acordo com a tabela que apresenta alguns indicadores macroeconómicos sobre a maior parte das economias, Moçambique deverá registar uma dívida pública equivalente a 101,1% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, aumentando para 104,2% em 2026 e 104,7% em 2027, e só voltando a baixar dos 100% em 2029, ano em que o rácio deverá diminuir para 95,6%, sensivelmente o mesmo valor do ano passado, quando registou uma dívida de 96,6% do PIB.

No relatório, não são feitas mais referências a países africanos lusófonos, e na conferência de imprensa de apresentação do documento, que contou com a presença do director do departamento de Assuntos Fiscais e antigo ministro da Finanças de Portugal, Vítor Gaspar, as perguntas mais específicas sobre o continente africano foram deixadas para Sexta-feira, dia em que o FMI revela o relatório sobre a África subsaariana, no âmbito dos Encontros da Primavera, que decorrem esta semana em Washington.

Ainda assim, olhando para alguns dados que foram sendo apresentados, constata-se que o Fundo prevê um crescimento de 2,4% do PIB para Angola, significativamente abaixo dos 4,5% registados no ano passado e um pouco acima dos 2,1% previstos para 2026.

Também numa trajectória descendente, mas mais pronunciada, a Guiné Equatorial deverá registar uma recessão económica de 4,2% este ano, prevendo-se uma estagnação para o próximo ano, depois de em 2024 o mais recente país da lusofonia ter conseguido crescer 1,9%.

O FMI, diz a Lusa, prevê que a média da dívida pública na África subsaariana seja de 55,4% este ano e 53,3% em 2026, abaixo dos 56,1% registados no ano passado.

 

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