Presidente do BAD saúda trabalho nos países lusófonos na hora da despedida

O presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) saudou esta Segunda-feira, o trabalho nos países lusófonos e o apoio de Portugal na facilitação de investimentos, num dos seus eventos de despedida. “É uma satisfação o que fizemos em conjunto nestes países e quero reiterar o agradecimento a Portugal pelo seu apoio”, referiu Akinwumi Adesina, durante…
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“É uma satisfação o que fizemos em conjunto nestes países e quero reiterar o agradecimento a Portugal pelo seu apoio”, referiu Akinwumi Adesina, durante um encontro com jornalistas que antecipa os encontros anuais da instituição em Abidjan, Costa do Marfim.
Economia

O presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) saudou esta Segunda-feira, o trabalho nos países lusófonos e o apoio de Portugal na facilitação de investimentos, num dos seus eventos de despedida.

“É uma satisfação o que fizemos em conjunto nestes países e quero reiterar o agradecimento a Portugal pelo seu apoio”, referiu Akinwumi Adesina, durante um encontro com jornalistas que antecipa os encontros anuais da instituição em Abidjan, Costa do Marfim.

A abertura oficial das reuniões está marcada para terça-feira, decorrendo até final da semana e um dos pontos na agenda é a eleição de um novo presidente.

Durante os dois mandatos (10 anos) de Adesina, foi criado o Compacto Lusófono, instrumento financeiro que junta Portugal, Brasil e os seis PALOP (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique e São Tomé e Príncipe) em acções de cofinanciamento, mitigação de risco e assistência técnico ao investimento privado.

Portugal disponibilizou uma garantia a rondar 400 milhões de euros para o compacto e já deu pré-aprovação para cobrir um projecto que irá beneficiar de um financiamento de 100 milhões de euros, que aguarda assinatura.

A garantia expirou em finais de 2023 e o BAD aguarda igualmente a assinatura de uma renovação, que vai acompanhar um novo memorando de entendimento, a 10 anos, já pré-acordado com o Governo português (antes das eleições de maio), segundo informações do banco.

“São garantias que permitem suprimir riscos para investimentos naquele grupos de países, é a primeira linha do género” e está a funcionar muito bem, referiu Adesina.

Segundo os últimos dados, e além do valor coberto pelas garantias, o compacto já financiou um montante global de 214 milhões de euros em diferentes projectos na paisagem lusófona.

O instrumento, diz a Lusa, foi uma inovação, mas a presença do BAD nos países que falam português faz-se sobretudo com a sua vocação de apoio público ao desenvolvimento, com financiamentos concessionais a cada Estado.

“Vi coisas fantásticas, como o que está em curso em Cabo Verde, com o parque tecnológico”, financiado pelo banco e recentemente inaugurado pelo próprio Adesina, na cidade da Praia.

O apoio à agricultura na Guiné-Bissau e o suporte ao sector da energia e comunicações em Angola, com o Corredor de Lobito, foram outros pontos hoje referidos pelo presidente do BAD ao recordar os PALOP, dos quais agora se despede com um “obrigado”.

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