Angola prepara bases de uma economia digital robusta e soberana

Angola está a reformar-se, a construir com coragem e método os alicerces de um Estado inteligente, orientado por dados e centrado na dignidade do cidadão mas também está a preparar as bases de uma economia digital robusta e soberana, capaz de competir com agilidade e gerar valor inclusivo, disse esta Segunda-feira, 14, em Luanda, o…
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Segundo o director-geral do IMA, Meick Afonso, que discursava durante a abertura do Fórum Nacional de Inteligência Artificial, a AI tem uma história rica feita de avanços notáveis e momentos de hesitação, mas recentemente, entrou-se numa nova fase do desenvolvimento da IA a era da IA Generativa.
Tecnologia

Angola está a reformar-se, a construir com coragem e método os alicerces de um Estado inteligente, orientado por dados e centrado na dignidade do cidadão mas também está a preparar as bases de uma economia digital robusta e soberana, capaz de competir com agilidade e gerar valor inclusivo, disse esta Segunda-feira, 14, em Luanda, o director-geral do Instituto Modernização Administrativa (IMA), Meick Afonso.

“Vivemos um momento de inflexão tecnológica, política e económica. A inteligência artificial está a tornar-se o motor silencioso, mas decisivo da transformação global. A IA pode ser tão transformadora quanto a Internet, mas para isso exige preparação, visão e compromisso”, referiu Meick Afonso.

Segundo o director-geral do IMA, que discursava durante a abertura do Fórum Nacional de Inteligência Artificial, a AI tem uma história rica feita de avanços notáveis e momentos de hesitação, mas recentemente, entrou-se numa nova fase do desenvolvimento da inteligência artificial a era da IA Generativa.

“Esta tecnologia, capaz de criar texto, imagem, som, código e até vídeo com base em simples comandos humanos, representa um salto qualitativo que redefine a própria natureza da criação e da análise computacional”, assegurou.

Afonso ressaltou que modelos como o ChatGPT, o DALL·E, o Codex ou o Gemini da Google demonstraram que já não estão apenas a falar de automação ou de reconhecimento de padrões. No entanto, estão diante de máquinas que aprendem contextos complexos, geram respostas criativas e interagem com linguagem natural, com potencial de transformar profundamente sectores como a educação, a saúde, a justiça e a administração pública.

A IA Generativa, assegurou o responsável da IMA, não substitui a inteligência humana, mas expande o que podemos alcançar. “Pode permitir que um jovem empreendedor crie uma identidade visual profissional sem recorrer a agências dispendiosas, que uma escola rural produza materiais de ensino adaptados ao seu contexto, ou que um ministério analise milhares de páginas legislativas em minutos”, disse.

“Esta capacidade de amplificação cognitiva deve ser entendida como um activo nacional estratégico. Mas tal poder exige responsabilidade. A IA Generativa levanta questões legítimas sobre propriedade intelectual, desinformação e viés algorítmico. Por isso, o nosso compromisso com a adopção da IA deve ser acompanhado por políticas públicas robustas, por regulamentação clara e por mecanismos de transparência e auditabilidade”, apelou.

Entretanto, Meick Afonso ressaltou que ignorar a IA Generativa seria abdicar de uma oportunidade histórica.

“O nosso dever é compreendê-la, moldá-la e colocá-la ao serviço do desenvolvimento sustentável, da soberania digital e do bem comum”, disse.

Estes momentos, afirmou, não são apenas curiosidades tecnológicas são sinais claros de que o futuro da produtividade, da competitividade e da soberania passa por aqui. “Estamos aqui para reafirmar o nosso”, garantiu Afonso.

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