“Há ainda um vasto campo de oportunidades que temos de continuar a identificar e explorar” – PR angolano

O Presidente João Lourenço disse nesta Sexta-feira, em Lisboa, que apesar da grande densidade do intercâmbio existente Angola e Portugal, “há ainda um vasto campo de oportunidades que temos de continuar a identificar e explorar, colocando ênfase no investimento no sector industrial, na transferência de tecnologias, na exploração e processamento de minérios, na agropecuária, no…
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Numa clara ilustração dessa perspectiva, João Lourenço, que discursava num jantar oferecido pelo Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, sublinhou o facto de terem sido assinados 11 instrumentos jurídicos que vão complementar a cooperação entre os dois Estados em diferentes domínios.
Economia

O Presidente João Lourenço disse nesta Sexta-feira, em Lisboa, que apesar da grande densidade do intercâmbio existente Angola e Portugal, “há ainda um vasto campo de oportunidades que temos de continuar a identificar e explorar, colocando ênfase no investimento no sector industrial, na transferência de tecnologias, na exploração e processamento de minérios, na agropecuária, no turismo, na investigação científica e noutros”.

Numa clara ilustração dessa perspectiva, João Lourenço, que discursava num jantar oferecido pelo Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, sublinhou o facto de terem sido assinados 11 instrumentos jurídicos que vão complementar a cooperação entre os dois Estados em diferentes domínios.

“Entre os vários aspectos que abordámos, mereceu naturalmente um destaque particular a análise dos assuntos do interesse da CPLP, em cujo âmbito temos desenvolvido uma ampla colaboração para definirmos posicionamentos convergentes sobre matérias importantes que dizem respeito, em linhas gerais, à mobilidade no nosso espaço, à cooperação económica e à promoção da língua portuguesa, que requer uma maior coordenação de esforços entre nós e mais vigor na nossa acção comum, para que este idioma que nos une seja oficialmente aceite como ferramenta de trabalho nas Nações Unidas e de outras importantes organizações internacionais”, disse.

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa , segundo recordou, abarca Estados membros de quatro continentes falando a mesma língua e com uma forte identidade e intercâmbio cultural, prima pelo respeito dos direitos e deveres de cada Estado membro, incluindo o da presidência da organização na base do princípio da rotatividade, até que todos tenham beneficiado desse mesmo direito.

O chefe de Estado afirmou haver muitas incertezas quanto ao futuro do planeta que fazem parte do quotidiano, quer em termos de protecção do Ambiente, como no da segurança alimentar e energética e da paz e segurança global.

“É oportuno dizer-se que, desde o Acordo do clima de Paris, que se tem vindo a procurar implementar as suas conclusões e decisões, sem que se tenham alcançado até aqui os resultados expectáveis, mesmo reconhecendo que há da parte dos Governos uma evidente vontade política, que não basta para se alcançarem os objectivos também definidos em conferências posteriores”, referiu.

No contexto desta perturbação regional, o Presidente angolano defendeu a insistência na urgência e na necessidade de se aplicarem as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a criação do Estado da Palestina, o que constituiria um factor decisivo na redução das tensões que se vivem em todo o Médio Oriente.

“Tenho a esperança de que, em algum momento, a Ucrânia e a Rússia compreenderão que o conflito que os opõe não será seguramente resolvido pela via militar, sendo que devem buscar pontos de convergência, por mais pequenos que sejam, para que a partir daí iniciem um diálogo consistente que leve ao fim da guerra entre ambos.

Em África, onde assumo actualmente as funções de Presidente em exercício da União Africana, há um grande esforço para que se busquem soluções para os problemas de insegurança e de instabilidade que assolam vários pontos do continente, no qual, passo a passo, temos conseguido construir um quadro negocial em que se inscreve a resolução do conflito na República Centro-africana e se abrem boas perspectivas para o fim do conflito no Leste da República Democrática do Congo”, apontou.

No quadro dos 50 anos da Independência de Angola, informou, está a decorrer, até ao mês de Novembro, um programa de cerimónias de condecorações de cidadãos nacionais e estrangeiros que contribuíram para o alcance da nossa Independência, a manutenção da Soberania Nacional ou para o Desenvolvimento Económico e Social do nosso país, figurando, entre eles, alguns cidadãos portugueses que serão oportunamente notificados.

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