O Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola, em parceria com a Sonangol e a Gemcorp, lançou esta Quarta-feira, 20, na província de Cabinda, o projecto “Kuma”, uma iniciativa que combina formação técnico-profissional, empregabilidade e inclusão produtiva, no âmbito da construção da Refinaria de Cabinda.
A palavra “Kuma” significa “crescer” em língua local [Fiote] e reflete a ambição de capacitar mais de 5 mil pessoas com cursos certificados em áreas como mecânica, eletricidade, soldadura, canalização, informática e turismo. Para além da certificação, cada formando receberá um subsídio mensal de 100 mil kwanzas durante o período de formação, um incentivo que reforça a dimensão social da iniciativa.
No acto de lançamento, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, classificou o programa como “um passo firme para uma Angola mais inclusiva e preparada para os desafios do futuro”. Sublinhou ainda que o projecto se insere na estratégia nacional de garantir a autossuficiência na refinação e distribuição de derivados de petróleo, destacando que cerca de 200 jovens já estão empregados em obras ligadas à Refinaria de Cabinda.
Por sua vez, a governadora da província, Suzana Abreu, saudou o arranque do projecto e destacou que “a preparação da educação é uma prioridade”, apelando aos jovens a abraçarem a oportunidade com disciplina e dedicação. “O Kuma abre caminhos para a educação, o conhecimento e o crescimento pessoal”, afirmou.
Para suportar o programa, os centros de formação profissional Caio e Blessed Home foram totalmente reabilitados e equipados pela Sonangol e pela Gemcorp, transformando-se em polos de excelência na capacitação de quadros locais.
Segundo comunicado oficial a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso, o projecto dará prioridade a jovens, mulheres chefes de família e pessoas com mobilidade reduzida, contribuindo para a redução do desemprego, a promoção da igualdade de género e o fortalecimento do capital humano em Cabinda e no país.
Mais do que um complemento ao investimento energético, o “Kuma” assume-se como um modelo de desenvolvimento social, posicionando a Refinaria de Cabinda não apenas como um activo estratégico para Angola, mas também como um catalisador de transformação comunitária e inclusão produtiva.