Fundo de Garantia de 40 milhões USD impulsiona acesso ao crédito das PME em Moçambique

Um fundo de garantia mutuária, com dotação inicial de 40 milhões de dólares financiados pelo Banco Mundial, foi oficialmente lançado esta semana pelo Presidente da República de Moçambique, Daniel Chapo, na 60.ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM). O Chefe de Estado descreveu a iniciativa como “um momento de enorme significado para o empresariado…
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Lançado pelo Presidente Daniel Chapo na 60.ª FACIM, o novo mecanismo apoiado pelo Banco Mundial promete desbloquear o financiamento a milhares de pequenas e médias empresas moçambicanas.
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Um fundo de garantia mutuária, com dotação inicial de 40 milhões de dólares financiados pelo Banco Mundial, foi oficialmente lançado esta semana pelo Presidente da República de Moçambique, Daniel Chapo, na 60.ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM).

O Chefe de Estado descreveu a iniciativa como “um momento de enorme significado para o empresariado nacional”, destacando o seu potencial para acelerar o acesso ao crédito das pequenas e médias empresas (PME), responsáveis por mais de 90% da dinamização económica e da geração de emprego no país, tradicionalmente travadas pela falta de colateral e elevadas taxas de juro.

Segundo Chapo, o novo mecanismo surge em resposta a uma preocupação recorrente levantada pelo sector privado, que tem que ver com as dificuldades de acesso a financiamento devido à exigência de garantias reais e ao custo elevado do crédito.

“A falta de colaterais e as altas taxas de juro têm sido barreiras quase intransponíveis para as PME, que são o coração do tecido empresarial nacional”, sublinhou, numa nota da Presidência da República consultada pela FORBES ÁFRICA LUSÓFONA.

O Presidente destacou ainda o simbolismo da FACIM como palco de anúncio do fundo, ao reafirmar que “é na maior montra promocional do país que o Estado moçambicano assume o compromisso de massificar o acesso a este instrumento e viabilizar o financiamento das empresas nacionais”.

Daniel Chapo elogiou os bancos já envolvidos e incentivou outras instituições financeiras a aderirem ao projecto, defendendo mecanismos “céleres, transparentes e inclusivos” na sua implementação. Estima-se que o fundo possa apoiar até 15 mil pequenas e médias empresas, com foco na juventude empreendedora.

“Este instrumento não é apenas um mecanismo financeiro. É uma ponte para a retoma da economia moçambicana. É uma oportunidade de transformar sonhos em negócios e ideias em empregos para os jovens”, reforçou o Presidente.

O fundo junta-se a outros instrumentos já existentes, como o Fundo de Recuperação Económica e o Fundo de Desenvolvimento Económico Local (FDEL), reforçando a estratégia governamental de dinamização do tecido empresarial.

Para Chapo, o sucesso dependerá da capacidade de gestão e da adesão da banca, assegurando que a prioridade é criar condições reais para que os empreendedores moçambicanos acedam ao crédito, expandam os seus negócios e gerem mais emprego.

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