Fundação Kissama junta especialistas para debater soluções para a conservação da biodiversidade em Angola

A Fundação Kissama (FK) celebra, a 18 e 19 de Setembro, três décadas de actividade com a conferência “Fundação Kissama 30 Anos – Conservação, Investigação, Formação”, a decorrer no Centro de Ciência de Luanda (CCL). O evento pretende assinalar o percurso de referência da organização na preservação da biodiversidade angolana, reunindo especialistas nacionais e internacionais,…
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Organização completa 30 anos a promover a defesa da biodiversidade angolana e lança uma conferência que projecta os próximos desafios da conservação.
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A Fundação Kissama (FK) celebra, a 18 e 19 de Setembro, três décadas de actividade com a conferência “Fundação Kissama 30 Anos – Conservação, Investigação, Formação”, a decorrer no Centro de Ciência de Luanda (CCL).

O evento pretende assinalar o percurso de referência da organização na preservação da biodiversidade angolana, reunindo especialistas nacionais e internacionais, académicos, organizações da sociedade civil e representantes de entidades públicas ligadas à gestão ambiental.

O programa de dois dias, segundo uma nota enviada à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA,  estrutura-se em torno dos três pilares que sustentam a missão da FK — Conservação, Investigação e Formação. Estão previstas apresentações científicas, mesas-redondas, sessões de pósteres e actividades de intercâmbio, numa agenda que procura articular conhecimento, experiência de campo e políticas públicas.

Entre os destaques figura o lançamento de publicações de relevo para o sector, incluindo um novo título da colecção infanto-juvenil “Estórias para Conservar”, dedicado ao mabeco; o Guia Ilustrado dos Mamíferos de Angola, elaborado pela própria Fundação Kissama; e “Ecologia de Angola”, obra de Brian Huntley considerada uma das mais completas referências sobre os ecossistemas nacionais.

O primeiro dia será dedicado a projectos de conservação e balanços de iniciativas emblemáticas, enquanto o segundo focará a investigação científica e o papel das universidades angolanas na formação de quadros especializados. A agenda inclui ainda debates sobre educação ambiental e economia azul, com enfoque no futuro da gestão sustentável dos recursos naturais.

“Celebramos três décadas de dedicação à biodiversidade angolana, mas também olhamos para os próximos 30 anos, conscientes de que a conservação só terá sucesso se for acompanhada de investigação sólida e de uma nova geração de quadros preparados”, sublinha Vladmir Russo, director executivo da FK, citado no documento.

Fundada em 1995, a Fundação Kissama consolidou-se como referência nacional e internacional, através de projectos pioneiros como a protecção da Palanca Negra Gigante e o Projecto Kitabanga, voltado para a preservação das tartarugas marinhas. Trinta anos depois, o seu papel mantém-se central na defesa dos ecossistemas angolanos e na construção de um modelo de conservação sustentável para o futuro.

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