A Associação para a Promoção, Desenvolvimento, Prosperidade e Tecnologia (PDPT) anuncia o lançamento de um programa inovador no Orfanato Horizonte Azul, localizado na capital angolana, visando transformar a forma como as crianças aprendem e se conectam com o mundo.
A iniciativa garante aulas semanais de inglês, com professores locais qualificados, e uma experiência especial aos fins de semana, ou seja, sessões ao vivo com jovens professoras e professores americanos, directamente dos Estados Unidos, através de plataformas online.
Em entrevista à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, o vice-presidente e co-fundador da associação PDPT, Carlos Godinho, disse que o principal objectivo desta iniciativa é proporcionar o acesso à língua inglesa a crianças e jovens que, de outra forma, não teriam essa oportunidade.
“Ao capacitá-los com esta competência essencial, pretendemos abrir portas para maiores oportunidades académicas, crescimento profissional e, em última instância, para um futuro mais promissor. A nossa missão vai além do ensino da língua, queremos empoderar vidas”, reforçou.
De acordo com Carlos Godinho, neste momento, contam com oito professores norte-americanos voluntários, que asseguram as aulas aos fins de semana.
“A nossa perspectiva futura é integrar professores angolanos, que irão leccionar durante a semana sob a orientação e acompanhamento dos professores norte-americanos. Desta forma, garantiremos a continuidade das aulas e a formação de docentes locais, criando um impacto sustentável a longo prazo”, detalhou.
Nesta primeira fase, segundo acrescentou, 58 meninas do orfanato Horizonte Azul são as beneficiárias directas do programa.
“Para além disso, estamos a preparar 20 jovens fora do orfanato, que já possuem um nível avançado de inglês, para realizarem o exame TOEFL e, assim, poderem candidatar-se a universidades norte-americanas. A Associação PDPT vai custear as bolsas de estudo para que estes jovens possam dar seguimento aos seus estudos nos Estados Unidos”, assegurou.
O jovem angolano explicou que este programa assenta nos valores de inclusão e de igualdade no acesso à educação, já que muitas das crianças que acompanham nunca teriam a possibilidade de aprender inglês.
“Ao levarmos a língua até elas, não só promovemos a inclusão educativa, como também lhes damos ferramentas para competirem em igualdade de condições num mundo cada vez mais globalizado. Este programa é totalmente voluntário”, acrescentou.
Carlos Godinho fez saber que a dedicação dos nossos oito professores norte-americanos e os professores angolanos torna possível esta iniciativa sem fins lucrativos, considerando que “o maior investimento é o capital humano, pessoas que acreditam em retribuir à sociedade e em criar oportunidades para a próxima geração”.
A Associação para a Promoção, Desenvolvimento, Prosperidade e Tecnologia é uma organização dedicada à promoção da educação e do desenvolvimento humano em Angola. Através de parcerias locais e internacionais, investe em iniciativas que criam oportunidades reais de crescimento para jovens e crianças.
