SADC pede que Moçambique adira a instrumentos para facilitar comércio regional

O secretário executivo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) pediu esta semana que Moçambique adira a instrumentos jurídicos regionais para facilitar o comércio e apoiar países com menor capacidade financeira. "Estamos falando sobre como podemos facilitar o comércio entre nós, como Estados-membros da nossa região. O ponto-chave por trás disso é querer remover…
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A SADC alertou ainda para relevância da estabilização da província de Cabo Delgado, província rica em gás, que enfrenta uma insurgência armada, desde 2017, com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico.
Economia

O secretário executivo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) pediu esta semana que Moçambique adira a instrumentos jurídicos regionais para facilitar o comércio e apoiar países com menor capacidade financeira.

“Estamos falando sobre como podemos facilitar o comércio entre nós, como Estados-membros da nossa região. O ponto-chave por trás disso é querer remover muitos ‘gargalos’ e aprovar muitos dos nossos instrumentos”, disse Elias Magosi, à margem de uma reunião com o Presidente moçambicano, Daniel Chapo, em Maputo.

Entre os instrumentos disponíveis na região referiu o protocolo de comércio e o Fundo de Desenvolvimento Regional, destacando a necessidade doe os países africanos ratificarem ou aderirem aos mesmos.

“Estamos dizendo ao Presidente que Moçambique também precisa ratificar alguns desses instrumentos. O principal é o fundo de desenvolvimento regional, que ajuda os países que não têm dinheiro a conseguir financiamento, e, em seguida, o protocolo sobre comércio para que possamos fortalecer o comércio”, explicou o responsável.

Elias Magosi elogiou ainda o avanço do país na implementação dos corredores de transporte como os de Nacala, na província de Nampula, norte do país, e Beira, em Sofala, no centro, apoiados por instituições como o Banco Africano de Desenvolvimento e a Africa50.

“Portanto, esses são bons desenvolvimentos que o país está buscando, para garantir que os postos de fronteira de paragem única funcionem. Quando funcionam, o comércio circula facilmente, as pessoas circulam facilmente, o capital circula fácil e rapidamente entre os países”, afirmou Magosi.

A SADC alertou ainda para relevância da estabilização da província de Cabo Delgado, província rica em gás, que enfrenta uma insurgência armada, desde 2017, com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico.

“Também é importante para nós que a área de Cabo Delgado seja estável, há terrorismo lá, nós precisamos contê-lo, nós enaltecemos o trabalho que o Governo e o Presidente estão fazendo lá, incluindo os projectos que começaram lá, para garantir que estes projectos também facilitem a paz, mas também facilitam o desenvolvimento destas comunidades”, acrescentou o secretário executivo da SADC, citado pela Lusa.

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