A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou nesta Quarta-feira que os Estados Unidos não medirão esforços para “proteger a liberdade de expressão no mundo”, admitindo recorrer ao poderio económico e militar norte-americano.
Questionada por um jornalista sobre se os EUA consideravam “tomar medidas adicionais” contra a Europa ou Brasil por “censurar” e tentar impedir “candidatos políticos de competir nas eleições”, referindo directamente o caso do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, Karoline Leavitt afirmou que a liberdade de expressão é uma prioridade para Washington.
Leavitt advogou que também o actual Presidente norte-americano, Donald Trump, sofreu “censura no seu percurso de regresso” à Casa Branca, razão pela qual Washington olha para este assunto “com muita seriedade” e adoptou “acções significativas em relação ao Brasil, tanto na forma de sanções quanto no uso de tarifas, para garantir que cidadãos ao redor do mundo não sejam tratados dessa maneira”.
“Posso dizer que esta é uma prioridade para a nossa administração e que o Presidente não está com medo de usar o poderio económico e militar dos EUA para proteger a liberdade de expressão no mundo”, disse a porta-voz. Contudo, Leavitt assumiu não ter novas medidas retaliatórias para anunciar no momento.
O pronunciamento da Casa Branca ocorreu aquando do julgamento de Jair Bolsonaro.
O juiz do Supremo brasileiro Alexandre de Moraes, diz a Lusa, considerou Jair Bolsonaro o “líder de uma organização criminosa” que tentou um golpe de Estado, após a sua derrota frente a Lula da Silva em 2022, e votou pela sua condenação.