Os chefes de Estado da União Africana (UA) sublinharam a urgência dos países ricos aumentarem o financiamento climático para garantir uma transição energética justa no continente, numa declaração conjunta, divulgada nesta Quinta-feira, no final da cimeira climática na Etiópia.
A chamada “Declaração de Adis Abeba sobre Mudanças Climáticas e Chamada à Acção” foi adoptada no encerramento, na Quarta-feira, da segunda Cimeira do Clima de África (ACS, na sigla em inglês), realizada na capital da Etiópia.
No documento, os líderes africanos defendem que “os países desenvolvidos devem cumprir os seus compromissos e alinhar o financiamento com as prioridades de África, bem como envidar esforços para mobilizar recursos nacionais e promover parcerias público-privadas”.
Os líderes africanos recordaram que África precisa de mais de três biliões de dólares para atingir as suas metas climáticas para 2030, embora tenha recebido apenas 30 mil milhões de dólares entre 2021 e 2022.
Nesse sentido, diz a Lusa, o documento exigiu alianças internacionais “mais firmes” para colmatar o fosso financeiro, com ênfase em subvenções em vez de empréstimos para evitar o “agravamento” da dívida do continente, bem como um desembolso oportuno e equitativo dos recursos.