A rede ferroviária sul da estatal Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) somou este ano prejuízos de dois milhões de dólares com roubos e vandalizações de infra-estruturas.
Em declarações aos jornalistas à margem do Fórum de Prevenção e Combate à Vandalização de Infra-estruturas Públicas, Arnaldo Manjate, director de operações ferroviárias dos CFM-Sul, adiantou que só este ano, foram roubados equipamentos e vandalizados aparelhos da linha férrea, incluindo de mudança de via, que custaram à empresa cerca de cinco milhões de meticais (cerca de 66 mil euros), incluindo devido ao arremesso de pedras contra as locomotivas.
“Estamos a olhar só para o material retirado, mas o valor que acabamos gastando por conta das paralisações de comboios, por conta também dos descarrilamentos causados por esta situação, podemos chegar a cerca de dois milhões de dólares americanos”, disse Arnaldo Manjate.
Segundo o responsável, a região sul dos CFM tem sofrido também com roubos de carris e travessas metálicas, entre outras peças, ao longo das linhas férreas, materiais que são depois vendidos a sucateiras, conforme informação avançada pela empresa.
“Nós temos estado a sofrer bastante nas nossas linhas férreas, porque há muito roubo, principalmente dos elementos de fixação para a venda na sucata e isso tem impacto negativo, porque logo de seguida decorrem situações de descarrilamento de comboios, somos obrigados a fazer a reposição das infra-estruturas nos pontos onde os comboios descarrilam”, disse o diretor de operações ferroviárias dos CFM-Sul.
A rede ferroviária moçambicana, diz a Lusa, divide-se em três zonas, sul, centro e norte, não conectadas diretamente, mas que por sua vez ligam a vários países vizinhos, como África do Sul, Essuatíni e Zimbabué.