O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, afirmou em Nova Iorque, que África só alcançará um desenvolvimento sustentável se investir na justiça, inclusão social e educação de qualidade, pilares que considera decisivos para transformar o continente e erradicar a pobreza.
“O caminho rumo ao desenvolvimento sustentável da África não vai ser, obviamente, linear e fácil, ele confrontará e enfrentará obstáculos que caracterizam os processos de transformação estrutural da economia e da sociedade”, disse o Chefe do Estado, à margem da 80ª sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas.
Chapo afirmou que a erradicação da pobreza depende de uma verdadeira transformação socioeconómica, sublinhando que “a inclusão política, económica e social é um imperativo nobre e constitui justiça para os países africanos alcançarem a Agenda 2063”.
O Presidente moçambicano destacou ainda que África precisa de investir cada vez mais no seu capital humano, sobretudo em jovens e mulheres, para acelerar o desenvolvimento. “Não se justifica que a África, um continente com imensos recursos naturais estratégicos, uma população maioritariamente jovem, continua a ser a região mais pobre do planeta Terra. Nós estamos determinados a erradicar a pobreza em África, através da transformação social e económica; uma agenda liderada pelos povos africanos, no interesse e benefício dos africanos”, defendeu.
Para Daniel, a educação é central na estratégia de desenvolvimento. “Continuamos a investir numa educação de qualidade, relevante, capaz de impulsionar a transformação estrutural e o crescimento das economias, garantindo um trabalho digno, principalmente para a juventude e a mulher, e oportunidades económicas para todos”, afirmou.
Referindo-se à Agenda 2063 da União Africana, Chapo disse tratar-se de uma visão de “uma África integrada, de justiça e desenvolvimento humano”, assente também no reforço da agricultura e da pesca para erradicar a fome.
Numa mensagem dirigida aos jovens presentes na conferência, o Presidente apelou a que se inspirem “no passado comum glorioso para o reforço dos laços de cooperação cultural, económica, técnica e científica entre os nossos povos, africano e americano”.