Moçambique identifica 18 mil “funcionários fantasmas” em 2025, diz ministro

O ministro da Administração Estatal e Função Pública moçambicano, Inocêncio Impissa, disse recentemente que foram desactivados cerca de 18 mil funcionários públicos "fantasmas" este ano, prometendo "purificar" as fileiras destes agentes estatais. "Em base no exercício do trabalho que temos estado a fazer e em sistemas que temos estado a introduzir, tem-nos permitido detectar situações…
ebenhack/AP
"Em base no exercício do trabalho que temos estado a fazer e em sistemas que temos estado a introduzir, tem-nos permitido detetar situações de descaminho de salários. Desativados no global durante este período, são cerca de 18 mil funcionários, para nós, fantasmas", informou Inocêncio Impissa.
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O ministro da Administração Estatal e Função Pública moçambicano, Inocêncio Impissa, disse recentemente que foram desactivados cerca de 18 mil funcionários públicos “fantasmas” este ano, prometendo “purificar” as fileiras destes agentes estatais.

“Em base no exercício do trabalho que temos estado a fazer e em sistemas que temos estado a introduzir, tem-nos permitido detectar situações de descaminho de salários. Desativados no global durante este período, são cerca de 18 mil funcionários, para nós, fantasmas”, informou Inocêncio Impissa.

Durante as cerimónias do Dia Internacional de Acesso universal à informação, na província de Gaza, sul do país, o ministro disse que não existem ainda dados concretos sobre os prejuízos acumulados em consequência destes crimes, porque “cada um dos funcionários tem um salário diferente do outro”, em função da sua categoria e, quando é assim, “não é possível saber a princípio”.

“Mas temos uma equipa conjunta que está a fazer agora o apuramento, que é para saber qual era a carreira do funcionário, ou o que se dizia que o funcionário tinha, qual é o nível que tinha, a partir de quando é que ele é considerado funcionário, que é para depois dizermos quanto é que representa, portanto, o custo dos 18 mil que foram desactivados aqui. Mas é um dado, certamente, que vamos ter que é para permitir-nos dizer quantos funcionários podíamos ter admitido se os 18 mil funcionários não fossem fantasmas”, explicou.

Segundo o governante, a existência de gestores públicos que controlam “esquemas corruptos”, recebendo salários de funcionários desvinculados do aparelho do Estado ou que já tenham perdido a vida, e prometeu “purificar” as fileiras destes funcionários.

“Temos estado a trabalhar para purificar as fileiras, como se diz, dos funcionários e agentes do Estado”, garantiu.

Impissa, diz a Lusa, assegurou ainda que seguem investigações para a identificação de mais agentes “fantasmas” e para a responsabilização de todos envolvidos nestes esquemas.

 

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