Agricultores do Lépi produzem 265 toneladas de batatas-rena na província do Huambo

Os agricultores do Lépi, no município do Longonjo, província do Huambo, sul de Angola, alcançaram em Setembro, uma produção de 265 toneladas de batata-rena, fruto da primeira campanha-piloto do Projecto Campo Verde. A iniciativa, segundo uma nota a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso, envolveu 46 famílias agricultoras, numa área de 25 hectares. “Deste…
ebenhack/AP
“Deste total, 22 hectares foram efectivamente colhidos, enquanto cerca de três hectares foram reservados pelos próprios agricultores para multiplicação de sementes, uma decisão estratégica que assegura maior autonomia produtiva e sustentabilidade para as próximas campanhas”, diz o comunicado.
Economia

Os agricultores do Lépi, no município do Longonjo, província do Huambo, sul de Angola, alcançaram em Setembro, uma produção de 265 toneladas de batata-rena, fruto da primeira campanha-piloto do Projecto Campo Verde.

A iniciativa, segundo uma nota a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso, envolveu 46 famílias agricultoras, numa área de 25 hectares.

“Deste total, 22 hectares foram efectivamente colhidos, enquanto cerca de três hectares foram reservados pelos próprios agricultores para multiplicação de sementes, uma decisão estratégica que assegura maior autonomia produtiva e sustentabilidade para as próximas campanhas”, lê-se no documento.

O carácter piloto do projecto, explicado o referido comunicado, tem como objectivo testar e validar o Modelo Barter, um sistema inovador que garante aos agricultores acesso a insumos e assistência técnica em troca de parte da produção colhida. “Este modelo permite partilhar riscos entre agricultores e investidores, reduzindo barreiras de entrada, melhorando as condições de produção e aumentando o rendimento das famílias”, ressalta.

O coordenador do Campo Verde, Sérgio Sousa, citado no documento disse que os resultados demonstram o forte impacto da iniciativa. “Para viabilizar esta campanha, disponibilizamos 50 toneladas de semente certificada, 12,8 toneladas de fertilizantes e 2,5 toneladas de ureia. Cada família trabalhou, em média, meio hectare, mobilizando mais de 40 pessoas por campo”, salienta.

Sérgio Sousa acrescenta que durante toda a campanha, os agricultores tiveram ainda acesso a fármacos e contaram com o acompanhamento próximo dos técnicos de desenvolvimento agrário.

O documento salienta ainda que a parceria com a ADRA – Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente foi fundamental para assegurar esta proximidade e capacitação. O campo experimental, conduzido em condições de referência, ultrapassou as 12 toneladas por hectare, comprovando o potencial produtivo quando as recomendações técnicas são plenamente seguidas.

O investimento global, avançou a nota foi de cerca de 100 milhões de kwanzas, garantiu acesso a sementes, fertilizantes e assistência técnica especializada, este esforço, aponta, foi viabilizado pela Campo Verde, activo do Greenfield – Fundo de Capital de Risco (FCR) ESG, registado na Comissão do Mercado de Capitais (CMC). “O fundo representa uma alternativa de investimento em kwanzas, focada em projectos de elevado impacto económico e social sustentável”, sublinha o comunicado.

“O Projecto Campo Verde reafirma, assim, o seu compromisso em replicar este modelo noutras regiões de Angola, ampliando os benefícios para mais famílias agricultoras e contribuindo para a segurança alimentar, a dinamização do agronegócio e a promoção de investimentos com impacto ESG”, garantiu o documento.

Campo Verde, esclarece a nota, é um projecto de agricultura comercial sustentável, baseado no “Modelo Barter”, que promove práticas responsáveis, partilha de riscos, aumento da produção nacional de alimentos e criação de empregos dignos.

 

 

 

Mais Artigos