Pontos de acesso a serviços financeiros em Moçambique sobem 37% com carteiras digitais

Os pontos de acesso a serviços financeiros em Moçambique aumentaram 37% em 2024, para um recorde de 356.785, impulsionado pelas Instituições de Moeda Electrónica (IME), que funcionam via telemóvel, segundo um relatório. No Relatório de Inclusão Financeira 2025, o Banco de Moçambique confirma que o “crescimento foi impulsionado pelo aumento dos agentes não bancários”, casos…
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No Relatório de Inclusão Financeira 2025, o Banco de Moçambique confirma que o “crescimento foi impulsionado pelo aumento dos agentes não bancários”.
Economia

Os pontos de acesso a serviços financeiros em Moçambique aumentaram 37% em 2024, para um recorde de 356.785, impulsionado pelas Instituições de Moeda Electrónica (IME), que funcionam via telemóvel, segundo um relatório.

No Relatório de Inclusão Financeira 2025, o Banco de Moçambique confirma que o “crescimento foi impulsionado pelo aumento dos agentes não bancários”, casos das IME, em 40%, das representações, que inclui organizações de poupança e empréstimo, operadores de microcrédito e intermediários de captação de depósito (22%), bem como delegações e balcões (19%).

No final de 2023, Moçambique contava com 260.707 pontos de acesso a serviços financeiros, sendo que 224.704 eram agentes das três carteiras digitais que funcionam no país, por cada operadora de rede móvel. Esse número cresceu no ano passado para 315.005, representando assim 88% do total desses pontos, contra 86% em 2023.

Já o número de agências bancárias cresceu apenas de 731 para 733 e de agentes bancários de 1.003 para 1.020, enquanto o total de máquinas ATM disponíveis recuou 6%, para 1.391, e os terminais de pagamento POS aumentaram 17%, para 35.486.

Para o Banco de Moçambique, esta dinâmica “permitiu uma maior inclusão financeira, especialmente em regiões com menor presença de infra-estruturas bancárias tradicionais. Entretanto, mantêm-se as disparidades na cobertura dos pontos de acesso a serviços financeiros entre as províncias de Niassa, Zambézia e Cabo Delgado, que apresentam menor cobertura”.

“Estas disparidades refletem desigualdades estruturais que exigem adoção de políticas e ações diferenciadas para assegurar um acesso mais equitativo aos serviços financeiros em todo o país”, alerta-se ainda no relatório, citado pela Lusa.

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