Portugal regulariza apoios e evita greve de professores na Escola Portuguesa de Luanda

A greve dos professores da Escola Portuguesa de Luanda (EPL), inicialmente prevista para Quinta-feira, 9 de Outubro, não se concretizou após o Ministério da Educação de Portugal ter iniciado o pagamento dos apoios financeiros em atraso. A informação foi confirmada por fonte sindical, que adiantou que o movimento deverá ser oficialmente desconvocado. Os docentes haviam…
ebenhack/AP
Com 130 professores em funções, a Escola Portuguesa de Luanda evitou uma paralisação inédita. O Ministério da Educação de Portugal respondeu às exigências sindicais e regularizou os apoios financeiros aos docentes.
Life

A greve dos professores da Escola Portuguesa de Luanda (EPL), inicialmente prevista para Quinta-feira, 9 de Outubro, não se concretizou após o Ministério da Educação de Portugal ter iniciado o pagamento dos apoios financeiros em atraso. A informação foi confirmada por fonte sindical, que adiantou que o movimento deverá ser oficialmente desconvocado.

Os docentes haviam decidido, na semana anterior, avançar com uma greve por tempo indeterminado, em protesto contra o atraso no pagamento das compensações relativas à deslocação de professores e denunciando alegadas práticas de discriminação contra uma colega angolana.

Segundo a delegada sindical do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (S.T.O.P.), Sandra Feliciano, a decisão de suspender a greve surgiu após a confirmação de que os pagamentos começaram a ser processados.

“Tivemos a agradável surpresa de verificar que os pagamentos estavam efectivamente a ser efectuados, de acordo com o previsto na lei. Deixou de haver motivo para manter a greve”, afirmou.

A sindicalista sublinhou que os professores “nunca tiveram a intenção de criar instabilidade”, mas que a paralisação se revelou necessária para desbloquear uma situação que se arrastava há várias semanas. “Foi preciso aplicar alguma pressão para que as coisas se resolvessem. Felizmente, tudo se concertou e foi possível chegar a uma solução equilibrada”, acrescentou.

Com 130 docentes no corpo permanente, a Escola Portuguesa de Luanda é uma das principais instituições de ensino português no estrangeiro, desempenhando um papel relevante na promoção da língua e da cultura portuguesas em Angola. De acordo com a representante sindical, eventuais casos pontuais que persistam serão resolvidos individualmente, e a situação deverá ser regularizada também em outras escolas portuguesas no exterior.

A resolução do impasse evita perturbações no calendário lectivo e reafirma a necessidade de uma gestão previsível e transparente no relacionamento entre o Estado português e as suas instituições de ensino fora do país, um tema que ganha relevância à medida que cresce a rede de escolas portuguesas e a mobilidade docente internacional.

 

*Com Lusa

Mais Artigos