O cantor, músico e ativista social cabo-verdiano Romeu di Lurdes morreu, na Quinta-feira, em Lisboa, aos 36 anos, num acidente de viação, segundo fonte familiar citada pela Inforpress – Agência Cabo-verdiana de Notícias.
Romeu di Lurdes, nome artístico de Carlos Manuel Tavares Lopes, preparava-se para apresentar o seu último álbum num concerto agendado para Sábado, na Damaia.
O Presidente cabo-verdiano, José Maria Neves, publicou uma mensagem de pesar na rede social Facebook, recordando a “singela obra musical” do artista, incluindo “a homenagem que fez às mulheres”, além do seu empenho cívico e a “forma pedagógica e inclusiva como se envolveu na política”.
O Ministério da Cultura cabo-verdiano manifestou “profundo pesar” pelo falecimento que “deixa a cultura e a criação nacional mais pobres” com a “partida prematura” de uma “figura multifacetada e de notável dedicação”, segundo nota publicada na mesma rede.
O ministro, Augusto Veiga, classificou a perda como “irreparável”, assinalando o trabalho como instrumentista, compositor, cantor, poeta e político “que sempre se destacou pela entrega às causas culturais e sociais de Cabo Verde”.
Romeu di Lurdis, diz a Lusa, tinha lançado este ano o seu último trabalho discográfico, intitulado “Kuraçon Aberto”, cinco anos após ter gravado o seu primeiro álbum “Amoransa”.