FAO alerta para desigualdades no acesso a financiamento dos agricultores moçambicanos

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) alertou esta semana para desigualdades persistentes em Moçambique no acesso a financiamentos para mulheres e jovens no sector agrário, pedindo aposta nos empresários para modernizar a agricultura. “Apesar dos progressos, persistem desigualdades no acesso a recursos, serviços e oportunidades. As mulheres e os jovens rurais continuam…
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“Apesar dos progressos, persistem desigualdades no acesso a recursos, serviços e oportunidades. As mulheres e os jovens rurais continuam sub-representados nas cadeias de valor, nos processos produtivos e de divisão”, disse o representante da FAO em Moçambique.
Economia

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) alertou esta semana para desigualdades persistentes em Moçambique no acesso a financiamentos para mulheres e jovens no sector agrário, pedindo aposta nos empresários para modernizar a agricultura.

“Apesar dos progressos, persistem desigualdades no acesso a recursos, serviços e oportunidades. As mulheres e os jovens rurais continuam sub-representados nas cadeias de valor, nos processos produtivos e de divisão. A adaptação às mudanças climáticas e o fortalecimento à resiliência comunitária são princípios indispensáveis para a sustentabilidade do sector”, disse o representante da FAO em Moçambique, José Fernandez.

O responsável falava, em Maputo, durante a primeira reunião do Comité de Coordenação do Sector Agrário (CCSA), uma estrutura multissetorial criada com o objectivo de reforçar a coordenação na implementação das políticas, estratégias e programas do sector agrário.

Nas suas declarações, o responsável da FAO pediu aposta num sector agrário forte, inclusivo e resiliente, referindo que é essencial para a redução da pobreza e garantia de segurança alimentar e nutricional, com capacidade de gerar empregos e fortalecer a resiliência face às mudanças climáticas.

Neste sentido, José Fernandez apelou a investimentos do setor privado neste sector, defendendo que vai fomentar a inovação e criar empregos de qualidade.

“O sector privado, quando devidamente envolvido, pode acelerar a modernização da agricultura e das pescas, expandir o acesso ao mercado e contribuir no desenvolvimento territorial equilibrado. Ao mesmo tempo, devemos garantir que esse crescimento não deixe para trás os mais vulneráveis, pequenos produtores, pescadores artesanais, mulheres e jovens”, disse o representante da FAO em Moçambique.

O ministro moçambicano da Agricultura pediu aos agricultores para apostarem na produção competitiva, criticando a contínua dependência de importações de alimentos para abastecer o mercado nacional num país com capacidade de produzir comida.

Na Quarta-feira, diz a Lusa, a Alemanha disponibilizou, através do Banco Alemão de Desenvolvimento (KFW), 45,5 milhões de euros para financiar iniciativas agrícolas de Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME).

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