O primeiro-ministro são-tomense, Américo Ramos, afirmou que a parceria entre São Tomé e Príncipe e a União Europeia é “sólida, duradoura e estratégica”, sublinhando que o apoio europeu tem sido determinante em áreas-chave do desenvolvimento nacional, desde infra-estruturas até ao fortalecimento institucional.
As declarações foram feitas durante o diálogo de parceria realizado na Quarta-feira, 15, hoje na capital são-tomense, que reuniu membros do Governo e embaixadores europeus acreditados no arquipélago. O encontro antecede o Fórum de Investimento de São Tomé e Príncipe, agendado para 11 de Novembro, em Bruxelas, onde o país pretende apresentar oportunidades em sectores como energia, turismo, transportes e economia azul.
“Desde os primeiros anos da nossa independência, a União Europeia tem sido um parceiro constante, participativo nos sectores-chave do país, acompanhando as nossas conquistas e apoiando-nos nos momentos mais desafiantes”, declarou Américo Ramos, destacando que a cooperação assenta em valores, princípios e interesses partilhados.
O chefe do Governo sublinhou ainda que esta parceria “representa um motivo de orgulho e confiança para o futuro”, reafirmando o papel da União Europeia como parceiro multilateral presente e confiável no processo de desenvolvimento do país.
A ministra dos Negócios Estrangeiros, Ilza Amado Vaz, adiantou à imprensa que o encontro abordou temas estruturantes como reformas institucionais, governança e direitos humanos, bem como questões de energia, meio ambiente e estabilidade económica.
“O diálogo de parceria é um instrumento de concertação político-diplomática de alto nível, que nos permite reafirmar compromissos comuns e redefinir, de forma conjunta, os caminhos que continuarão a guiar esta cooperação estratégica”, afirmou, citada pela Lusa.
Por sua vez, a embaixadora da União Europeia para o Gabão e São Tomé e Príncipe, Cécile Abadie, considerou o encontro uma oportunidade para “avaliar os progressos e consolidar a cooperação num espírito aberto e franco”, destacando a importância de alinhar as prioridades de desenvolvimento do arquipélago com os mecanismos de financiamento e apoio técnico da União Europeia.
De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros são-tomense, a delegação europeia foi composta por 15 representantes, incluindo seis embaixadores — da Bélgica, Suécia, Itália, Alemanha, França e Portugal —, além de representantes dos Países Baixos e Espanha.
Mais do que um exercício diplomático, o encontro reafirma o papel da União Europeia como um dos principais parceiros de desenvolvimento de São Tomé e Príncipe, num momento em que o país procura atrair investimento externo e reforçar a sua integração regional no Golfo da Guiné e na África Central.
