A presidente do Conselho Mundial de Diamantes (World Diamond Council), Feriel Zerouki, afirmou esta Quarta-feira, 22, em Luanda, que Angola é actualmente a nação diamantífera que mais cresce no mundo, “resultado de uma liderança que vai além da sua própria fronteira e inspira toda a indústria global”.
Ao discursar na abertura da Conferência Internacional de Minas de Angola (AIMC 2025, na sigla em inglês), a líder destacou que o exemplo angolano demonstra que “a verdadeira liderança não se resume ao que um país pode fazer por si, mas ao que consegue inspirar os outros a construir em conjunto”.
“Quando falamos de diamantes naturais, pensamos muitas vezes nos milhões de anos que a Terra levou a formá-los. Mas, como indústria, temos de olhar para o futuro e compreender o papel transformador que esses recursos podem desempenhar no desenvolvimento económico e social”, sublinhou.
Feriel Zerouki recordou que a De Beers, grupo que dirige, é líder mundial no sector dos diamantes – operando desde a prospecção e exploração até à distribuição e ao retalho – e que a parceria estabelecida com Angola em 2024, através de um Memorando de Entendimento, tem produzido “resultados expressivos”.
Entre os avanços registados, destacou-se o aumento da produção nacional, o apoio à mineração semi-industrial e a criação de oportunidades socioeconómicas sustentáveis. “A nossa colaboração está a revelar o potencial geológico de Angola, ao mesmo tempo que reforça a confiança no sector e no que pode ser alcançado através de parcerias estratégicas”, afirmou.
Segundo Zerouki, o processo de reformas estruturais em curso no sector extractivo angolano tem sido fundamental para consolidar a transparência, aprofundar a governança e atrair investimento responsável. “Estas mudanças estão a posicionar Angola como uma das nações africanas mais dinâmicas e visionárias na indústria mineira, construindo as bases de uma verdadeira indústria de classe mundial”, enfatizou.
A presidente do Conselho Mundial de Diamantes elogiou ainda a clareza e a convicção com que o país tem defendido a valorização dos diamantes naturais, um compromisso recentemente reforçado no Acordo de Luanda, assinado em Junho deste ano pelos principais países produtores.
“O exemplo de Angola demonstra que o crescimento económico e a sustentabilidade social podem coexistir. Este é o caminho para uma indústria diamantífera global mais ética, transparente e inclusiva”, concluiu.





