A Assembleia Nacional são-tomense cancelou uma sessão plenária prevista para Sexta-feira devido à greve dos jornalistas e técnicos da comunicação social estatal iniciada na Quarta-feira, por tempo indeterminado, anunciou o parlamento.
“A conferência dos presidentes dos grupos parlamentares reuniu-se (…), sob a orientação da presidente da Assembleia Nacional, Celmira Sacramento, e decidiu cancelar a reunião plenária que estava agendada para amanhã, dia 31 de outubro. Na base desta decisão está a greve da comunicação social estatal”, lê-se numa nota divulgada no Facebook.
Na sessão plenária cancelada previa-se a análise e aprovação de seis pontos da ordem do dia, incluindo um projecto de resolução para o Presidente da República, Carlos Vila Nova, se ausentar do país, entre 09 e 12 de Novembro, para participar nas celebrações do 50.º aniversário da independência de Angola.
Previa-se ainda uma resolução sobre a autorização para que um deputado da Ação Democrática Independente (ADI fosse ouvido no Ministério Público na qualidade de testemunha; discussão e votação na generalidade do projeto de lei sobre a proteção e bem-estar de animais domésticos em São Tomé e Príncipe; a lei de contratos públicos; lei sobre feriados fixos, feriados móveis e datas marcantes; bem como a alteração à lei das pescas e da aquacultura.
Fontes do sindicato dos jornalistas disseram à Lusa que estiveram reunidos hoje com o primeiro-ministro Américo Ramos, que tutela diretamente os órgãos da comunicação estatais, seguindo-se uma reunião da Assembleia dos trabalhadores que emitiu algumas recomendações que estão a ser analisadas com o Governo, visando um novo entendimento para a suspensão da greve.
Na Quarta-feira, a porta-voz Sindicato dos Jornalistas Santomenses (SJS), Fernanda Costa Alegre, disse que a paralisação é motivada pelo incumprimento do Governo das exigências apresentadas num caderno reivindicativo submetido em setembro, mas que, apesar da assinatura de um memorando de entendimento, não foi cumprido integralmente.





